sexta-feira, 27 de março de 2009

Ditabranda NUNCA HOUVE. DITADURA Nunca Mais

Prezados amigos e leitores do portal Pátria Latina vai aí a matéria da vez. Versa sobre a barbaridade da Folha de São Paulo chamando a cruel ditadura militar dedita branda. Nossa interpretação em versos de Cordel.

Por Crispiniano Neto


Dizem que a “dita” é a sorte
De um povo ou de uma pessoa,
Há “dita” ruim, “dita” boa,
“Dita” fraca ou “dita” forte,
“Dita” pra vida ou pra morte,
“Dita” suja e “dita” pura,
“Dita” clara e “dita” escura,
“Dita” maldita ou bendita,
Mas “dita” vira desdita
Na maldita DITAdura!

Nas crônicas das tiranias
Jamais viu-se em ditadura,
Um só grama de brandura...
Só tortura e hipocrisias;
Somente em cabeças“Frias”
Tanta ignomínia anda,
Pois pra nós nunca foi branda
A má “dita” que perdura
Na maldita ditadura
Da cabeça de quem manda.

Porque chamar “Ditabranda”
Uma bruta ditadura
Que jogou na fase escura,
Cruel, corrupta e nefanda,
Nossa Pátria que demanda
Nas paredes da memória
Ao longo da sua história
Alguma oportunidade
De ver-se a felicidade
Pra quem foi jogado à escória!

Quem batiza a ditadura
De “ditabranda” ironiza,
Tripudia, escarra e pisa
Quem sofreu na escravatura,
Quem viu sua taba pura
Sucumbir frente às bandeiras,
Quem viu as hordas guerreiras
Matando a fé nos Sertões
Quem viu chibata e canhões
Contra as almas marinheiras!

Quem por “ditabranda” chama
Décadas de tortura e medo,
Prisão, cassação, degredo,
Golpes, ódio e mar de lama,
Com certeza é porque ama
A cartilha do fascismo,
E além do grande cinismo
De um jornalismo marrom
Que chama o que é ruim, de bom,
Pratica o mau-caratismo!

Somente um cérebro maldito
Defende com tanto afinco
Golpe, canhão, AI-5,
Censura, porão, conflito...
Cospe os ossos de Frei Tito,
Pisa na democracia...
Eu peço a essa mente Fria:
Por caridade não jogue
Por sobre o túmulo de Herzog
Seus buquês de covardia!

Só quem é da mesma laia
De Cabo Anselmo e Fleury
E as botas de Golbery
Lambeu de forma lacaia,
Só quem quer o Brasil caia
Ao patamar de Uganda,
Quem arapongas comanda,
Quem deu Kombi pra tortura...
É que chama a ditadura
Tão cruel de “ditabranda”!

Antes que jornais burgueses
Passem-nos Goebells nas ventas
Dizendo mais novecentas
E noventa e nove vezes,
Não vamos esperar meses,
Sequer semanas e dias
Que essas mentes doentias
Tão friamente fascistas
Precisam ser sempre vistas
Como calculistas... Frias!

Se a “Dita” foi mesmo branda
Cadê Padre Henrique orando?
Vandré, onde está cantando?
Rubens Paiva aonde anda?
Honestino a quem comanda
Na batalha estudantil?
Cadê Dina varonil?
Fiel Filho onde faz greve?
Herzog agora, onde escreve?
Cadê teus filhos, Brasil???????

Quem ensinou censurar,
Quem da OBAN foi reboque,
Quem noticiou que Roque
Morreu, antes de expirar,
Não poderá criticar
Fábio e Vitória jamais...
Tem rabo preso demais
Mas não com quem lê nem ouve...
Ditabranda NUNCA HOUVE;
Ditadura NUNCA MAIS

Fonte: http://patrialatina.com.br/colunas.php?idprog=44f683a84163b3523afe57c2e008bc8c&codcolunista=62
Pacote prevê investimentos de R$ 34 bilhões para a construção de 1 milhão de moradias

O plano habitacional do governo Lula, anunciado nesta quarta-feira (25), prevê investimentos de R$ 34 bilhões para a construção de 1 milhão de moradias. As moradias serão feitas para as famílias com renda de até 10 salários mínimos. Do total de moradias que serão construídas, 400 mil serão destinadas a famílias com fonte de renda de até três salários mínimos. O governo federal espera, com o pacote, reduzir o déficit habitacional no país em 14%.
Inicialmente, o governo previu que todas as moradias estivessem prontas em dois anos, mas, de acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esse prazo dificilmente será cumprido.
"Se tudo estivesse pronto, preparado, a regularização fundiária concluída, poderia ser em dois anos. Mas temos a experiência do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em que todos eram especialistas em necessidade, mas nem tudo estava pronto que pudessemos gastar", disse Lula.
Minha Casa, Minha Vida
O plano, batizado de "Minha Casa, Minha Vida", entra em operação no dia 13 de abril. "Este não é um programa que é uma emergência ou um fator fora da curva. Ele dá sustentação à política de desenvolvimento de renda do governo federal. Também fortalece as famílias ao criar um espaço para eles criarem seus filhos", afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no lançamento do pacote.
Os recursos serão distribuídos de acordo com os dados do IBGE sobre o déficit em cada região do país. As famílias com renda de até 3 salários mínimos terão subsídio integral do seguro de vida. O objetivo da medida é reduzir o valor das prestações. As famílias com renda de 3 a 10 salários mínimos terão redução dos custos com o seguro e acesso a um fundo garantidor, variando de acordo com a faixa em que está (de 3 a 6 mínimos e de 6 a 10).
A primeira prestação será paga somente na entrega do imóvel, e a prestação deverá comprometer apenas 20% da renda familiar. O pacote também prevê pagamento opcional de entrada pelo mutuário. Para famílias com renda de até 3 mínimos, a prestação (cujo valor mínimo é de R$ 50) pode comprometer apenas 10% da renda.
Para famílias de até 3 mínimos, não haverá pagamento dos custos cartoriais. "Nós vamos compatibilizar a prestação com a renda das famílias. Não dá para imaginar que com os custos de mercado a população de menor renda vá ter acesso a moradia sem interferência do governo", disse Rousseff.
Estão fora do programa os R$ 4,5 bilhões anteriormente disponíveis para habitação provenientes do FGTS.
Segundo a ministra, o programa prevê a simplificação da regularização fundiária urbana e terá a participação de Estados e municípios. "Vamos pedir terrenos. Sempre que houver uma participação dos Estados e municípios, pode-se aumentar o número de unidades."
Casa sustentável
As moradias construídas terão sistemas de captação de energia solar e aproveitamento da água da chuva, o que ajudará também na redução das contas dos mutuários, além de contribuir com a minimização da degradação do meio ambiente. “Lutamos muito por isso e está no Plano Clima, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou em dezembro. Isso vai gerar economia para as famílias e deixar de emitir oitocentas e trinta mil toneladas de carbono”, ressaltou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Fundo garantidor
O fundo garantidor prevê o refinanciamento de parte das prestações, caso o mutuário perca sua fonte de renda. Para famílias com renda de três a cinco salários mínimos, será garantido o pagamento de até 36 prestações; para famílias com orçamento de cinco a oito salários mínimos, até 24 prestações; e para as famílias que recebem de oito a dez salários mínimos, 12 prestações.
Para ter acesso ao fundo é preciso ter efetuado o pagamento de no mínimo seis prestações do imóvel e é necessário também o pagamento mínimo de 5% da prestação que foi refinanciada. Este valor será devolvido como bônus quando o refinanciamento for pago.
O mutuário terá que solicitar formalmente seu refinanciamento, comprovando a situação de desemprego, a cada seis prestações requeridas.
O pacote também barateia o seguro de vida prevendo a quitação do financiamento pela União em caso de morte ou invalidez permanente do mutuário. A União também arcará com os custos de reparação de danos físicos ao imóvel.
Para cobertura de morte, invalidez e danos físicos no caso de um mutuário com mais de 61 anos, o custo atual do seguro corresponde a 35% da prestação. Com as novas medidas, o custo cairá para 6,64%, de acordo com a previsão do governo.
"O programa é ousado e de grande impacto na economia brasileira. Seguramente será um dos principais programas anticrise que este governo vai implementar", afirmou o ministro da Fazenda Guido Mantega.
De acordo com Mantega, "a construção de 1 milhão de moradias pode gerar 1,5 milhão de empregos e gerar um PIB adicional de 2% na economia."
Segundo o ministro das Cidades, Mário Fortes, "haverá uma destinação privilegiada do registro das moradias para a mulher. Também vamos priorizar os mutuários portadores de deficiência e idosos. Este é um programa abrangente e vamos atender a todos."
Fortes afirmou que um volume significativo de recursos será liberado para movimentos sociais. Ainda segundo o ministro, no projeto "o mais significativo é que estão lançadas as bases de um processo que pode ser definitivo para zerar o déficil habitacional."
Para Wilson Amaral, presidente da construtora e incorporadora Gafisa, o plano "trará a mobilização de centenas, milhares de empresários do setor de construção." "Teremos números bons para mostrar num horizonte de meses. Não é nada de longo prazo. E vai durar muito mais depois da crise. Não vai morrer daqui um ano ou dois", projetou Amaral.
Pacote contra a crise
Inicialmente, o governo planejou a construção de 200 mil casas como uma das medidas de combate à crise econômica mundial. O número subiu para 500 mil, até chegar ao total de 1 milhão.
Antes de anunciar o pacote, o governo realizou vários encontros com governadores e prefeitos, essencialmente para saber quais as contribuições que Estados e municípios poderiam dar para reduzir os custos do financiamento. Uma das ideias era a disponibilização de áreas para a construção das casas.
Informações Portal UOL e Agência Brasil