De acordo com o relatório da ficha clínica do paciente, os primeiros sintomas apareceram no dia 7 deste mês e o agravamento, no dia 11.
Dos seis últimos laudos metade refere-se a pessoas que não saíram do Rio Grande do Norte, nem tiveram contato com quem viajou para áreas onde há a livre circulação do vírus da Influenza A. "Tínhamos que ter a certeza dos exames para poder afirmar a transmissão sustentada aqui no Estado", afirma Juliana Araújo.
Esta versão, do último dia 5, também foi encaminhada para todas as regionais de Saúde do Estado e para os profissionais capacitados pela equipe que coordena a Influenza no Rio Grande do Norte. Além disso, existe um canal aberto 24 horas de consulta para os profissionais através da Unidade de Resposta Rápida.
O que é?
É uma doença causada pelo vírus Influenza, subtipo A (H1N1). Existem diversos subtipos do vírus Influenza espalhados pelo mundo, entre eles o causador da gripe comum, que mostra grande semelhança com o da Influenza A (H1N1).
Esse subtipo, que foi descoberto há pouco tempo, é passado de pessoa a pessoa, assim como a gripe comum. As principais vias de transmissão são gotículas de saliva expelidas por meio de tosse ou espirro. Objetos ou mãos de pessoas que tenham entrado em contato com secreções de infectados também são fortes vias de contágio.
Quem tiver sido infectado pelo vírus da Influenza A (H1N1) apresenta febre alta repentina superior a 38°C e tosse. Além disso, pode sentir dores de cabeça, musculares e nas articulações. Dificuldade respiratória também é comum nesse caso. Esses sintomas podem aparecer até dez dias depois que a pessoa tenha sido infectada pelo vírus.
Quem apresentar os sintomas deve procurar a unidade de saúde mais próxima e informá-los ao médico, além de descrever o roteiro de viagem (caso tenha feito ultimamente) ou o histórico de contato com pessoas infectadas. Uma vez confirmada a presença do vírus, a unidade básica de saúde que recebeu o paciente o encaminha para hospitais de referência que realizam monitoramento e tratamento adequados.
Pessoas com baixa imunidade como adultos maiores de 60 anos, crianças menores de dois anos e gestantes, além de portadores de doenças cardíacas, pulmonares, renais crônicas ou diabetes. Estão inclusos nesse grupo, também, pessoas que, devido a algum tipo de tratamento, se encontram com deficiência imunológica como pacientes com câncer ou Aids. Quem tiver obesidade mórbida ou doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia, também são mais propícios a contrair o vírus.
Pacientes acometidos pela Influenza A (H1N1), que tenham agravamento no estado de saúde nas primeiras 48h e aqueles que estão inseridos no grupo de risco são tratados com fosfato de oseltamivir (Tamiflu). Esse medicamento não deve ser utilizado em todos os casos a fim de evitar resistência do vírus em relação à sua composição. Ele é disponibilizado gratuitamente na rede pública de saúde, mas é distribuído apenas após avaliação e solicitação médica.