terça-feira, 25 de agosto de 2009

Exame confirma morte de paciente no RN
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) confirmou ontem a existência de um laudo que confirma a primeira morte por Influenza A (H1N1) no Rio Grande do Norte. Trata-se de uma pessoa que faleceu no último dia 15, no Hospital Walfredo Gurgel, tendo dado entrada pelo pronto socorro Clóvis Sarinho no dia 14. O paciente deu entrada com complicações respiratórias, depois de ter passado três vezes pela unidade básica de saúde de sua cidade.
Por recomendação do Ministério da Saúde o nome da cidade não foi divulgado, mas informações extraoficiais levam a um município situado nas proximidades de Natal.
De acordo com o relatório da ficha clínica do paciente, os primeiros sintomas apareceram no dia 7 deste mês e o agravamento, no dia 11.
No dia 14, na ficha de internação, consta um quadro de pneumonia acompanhada de tromboembolismo pulmonar, e todos os procedimentos foram tomados, como providência de ventilação mecânica, coleta de secreção nasofaríngea para exames, além de outros procedimentos próprios para o quadro.
Novos casos confirmam que vírus circula livremente no RN

De acordo com a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica, Juliana Araújo, com a chegada dos últimos laudos pode-se confirmar a transmissão sustentada do vírus H1N1 no Estado.

Dos seis últimos laudos metade refere-se a pessoas que não saíram do Rio Grande do Norte, nem tiveram contato com quem viajou para áreas onde há a livre circulação do vírus da Influenza A. "Tínhamos que ter a certeza dos exames para poder afirmar a transmissão sustentada aqui no Estado", afirma Juliana Araújo.
A Sesap frisa que é hora de todas as autoridades em Saúde se manterem em alerta, no intuito de reduzir a forma grave da doença e o óbito. Para isso, medidas como atenção ao Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza A são de extrema importância.
A terceira edição deste protocolo, elaborado pelo Gabinete Permanente de Emergências em Saúde Pública, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, encontra-se disponível para consulta de todos os profissionais no site do MS.
Esta versão, do último dia 5, também foi encaminhada para todas as regionais de Saúde do Estado e para os profissionais capacitados pela equipe que coordena a Influenza no Rio Grande do Norte. Além disso, existe um canal aberto 24 horas de consulta para os profissionais através da Unidade de Resposta Rápida.
Influenza A (H1N1)
O que é?
É uma doença causada pelo vírus Influenza, subtipo A (H1N1). Existem diversos subtipos do vírus Influenza espalhados pelo mundo, entre eles o causador da gripe comum, que mostra grande semelhança com o da Influenza A (H1N1).

Transmissão
Esse subtipo, que foi descoberto há pouco tempo, é passado de pessoa a pessoa, assim como a gripe comum. As principais vias de transmissão são gotículas de saliva expelidas por meio de tosse ou espirro. Objetos ou mãos de pessoas que tenham entrado em contato com secreções de infectados também são fortes vias de contágio.
Sinais e sintomas
Quem tiver sido infectado pelo vírus da Influenza A (H1N1) apresenta febre alta repentina superior a 38°C e tosse. Além disso, pode sentir dores de cabeça, musculares e nas articulações. Dificuldade respiratória também é comum nesse caso. Esses sintomas podem aparecer até dez dias depois que a pessoa tenha sido infectada pelo vírus.
O que fazer quando apresentar os sintomas?
Quem apresentar os sintomas deve procurar a unidade de saúde mais próxima e informá-los ao médico, além de descrever o roteiro de viagem (caso tenha feito ultimamente) ou o histórico de contato com pessoas infectadas. Uma vez confirmada a presença do vírus, a unidade básica de saúde que recebeu o paciente o encaminha para hospitais de referência que realizam monitoramento e tratamento adequados.
Quem faz parte do grupo de risco?
Pessoas com baixa imunidade como adultos maiores de 60 anos, crianças menores de dois anos e gestantes, além de portadores de doenças cardíacas, pulmonares, renais crônicas ou diabetes. Estão inclusos nesse grupo, também, pessoas que, devido a algum tipo de tratamento, se encontram com deficiência imunológica como pacientes com câncer ou Aids. Quem tiver obesidade mórbida ou doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia, também são mais propícios a contrair o vírus.
Tratamento
Pacientes acometidos pela Influenza A (H1N1), que tenham agravamento no estado de saúde nas primeiras 48h e aqueles que estão inseridos no grupo de risco são tratados com fosfato de oseltamivir (Tamiflu). Esse medicamento não deve ser utilizado em todos os casos a fim de evitar resistência do vírus em relação à sua composição. Ele é disponibilizado gratuitamente na rede pública de saúde, mas é distribuído apenas após avaliação e solicitação médica.
Como evitar?Cuidados básicos de higiene são fundamentais para evitar a contaminação pelo vírus.
É recomendado lavar as mãos diversas vezes ao dia com água e sabão (preferencialmente líquido); evitar tocar os olhos, boca e nariz após ter tido contato com objetos de uso comum como maçaneta e corrimãos; evitar ficar em locais fechados e usar máscara descartável caso faça parte do grupo de risco. A utilização de álcool em gel antisséptico também é importante para a higienização das mãos e de superfícies lisas.

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