sábado, 14 de abril de 2012

CRIANÇA ANENCÉFALA: Sente dor ? Respira ? Grita ? Chora ?...Sorri ?...Dorme?... Se alimenta ?...Como podemos dizer que não tem vida ?

O STF fora de sua competência, vai trabalhar substituindo o Legislativo no sentido de criar a lei agora para OBRIGAR os Médicos a praticarem o infanticídio - Você acha isto certo ?



Sou totalmente CONTRA esta postura do STF por dois motivos:



PRIMEIRO: O STF ( SUPREMO TRIBUNAL DE FEDERAL) está invadindo de forma INCOMPETENTE o poder LEGISLATIVO, isto é uma ameaça ao ESTADO DEMOCRÁTICO - Pois, enquanto o Legislativo é elegido pela coletividade, o Judiciário é eleito por uma só pessoa: O presidente da república.
O ministro Ricardo Lewandowski  de forma muito prudente votou contra a ação.

O ministro fundamentou boa parte de seu voto no argumento de que “o tema é assunto para o Legislativo, não para o Supremo Tribunal Federal.

Lewandowski afirmou que o juiz não pode contrariar a vontade manifesta do legislador e “o Supremo só pode exercer o papel de legislador negativo. Ou seja, não pode criar novas hipóteses legais.”

Para Lewandowski, não pode haver a permissão de interrupção de gravidez em casos de anencefalia “sem lei devidamente aprovada pelo Parlamento, que regule o tema em minúcias”.


VEJAMOS O QUE DIZ UM DOS MAIORES JURISTAS DE NOSSO PAIS SOBRE ESTA INVASÃO DE PODER DO STF NO LEGISLATIVO: *DR IVES GANDRA DA SILVA MARTINS

"...Pela Lei Maior brasileira, a Suprema Corte é a “guardiã da Constituição” - e não uma “Constituinte derivada” -, como o é também o Conselho Constitucional francês: apenas protetor da Lei Suprema...quero realçar um ponto que me parece relevante e que não tem sido destacado pela imprensa, preocupada em aplaudir a “coragem” do Poder Judiciário de legislar no lugar do “Congresso Nacional”, que teria se omitido em “aprovar” os  projetos sobre a questão aqui tratada.

A questão que me preocupa é este ativismo judicial, que leva a permitir que um Tribunal eleito por uma pessoa só substitua o Congresso Nacional, eleito por 130 milhões de brasileiros, sob a alegação de que além de Poder Judiciário, é também Poder Legislativo, sempre que considerar que o Legislativo deixou de cumprir as suas funções.

Uma democracia em que a tripartição de poderes não se faça nítida, deixando de caber ao Legislativo legislar, ao Executivo executar e ao Judiciário julgar, corre o risco de se tornar ditadura, se o Judiciário, dilacerando a Constituição, se atribua poder de invadir as funções de outro.

E, no caso do Brasil,nitidamente o constituinte  não deu ao Judiciário tal função, pois nas “ações diretas de inconstitucionalidade por omissão” IMPÕE AO JUDICIÁRIO, APESAR DE DECLARAR A INÉRCIA CONSTITUCIONAL DO CONGRESSO, intimá-lo, sem prazo e sem sanção para produzir a norma.

Ora, no caso em questão, a Suprema Corte incinerou o § 2º do art. 103, ao colocar sob sua égide um tipo de união não previsto na Constituição, como se poder legislativo fosse, deixando de ser “guardião” do texto supremo para se transformar em “Constituinte derivado”.
Se o Congresso Nacional tivesse coragem poderia anular tal decisão, baseado no artigo 49, inciso XI da CF, que lhe permite sustar qualquer invasão de seus poderes por outro poder, contando, inclusive, com a garantia das Forças Armadas (art. 142 ‘caput’) para garantir-se nas funções usurpadas, se solicitar esse auxílio.

Num país em que os poderes, todavia, são de mais em mais “politicamente corretos”, atendendo o clamor da imprensa - que não representa necessariamente o clamor do povo -, nem o Congresso terá coragem de sustar a invasão de seus poderes pelo Supremo Tribunal Federal, nem o Supremo deixará, nesta sua nova visão de que é o principal poder da República, de legislar e definir as ações do Executivo, sob a alegação que oferta uma interpretação “conforme a Constituição.”

É uma pena que a lição da Corte Constitucional francesa de respeito às funções de cada poder, sirva  para um país, cuja Constituição e civilização há de se reconhecer estão há anos luz adiante da nossa, mas não encontre eco entre nós.

Concluo estas breves considerações de velho professor de direito, mais idoso do que todos os magistrados na ativa no Brasil, inclusive da Suprema Corte, lembrando que, quando os judeus foram governados por juízes, o povo pediu a Deus que lhes desse um rei, porque não suportavam mais serem pelos juízes tutelados (O livro dos Juízes). E Deus lhes concedeu um rei...Por que isto aconteceu ?...

*IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, é advogado tributarista, professor e prestigiado jurista brasileiro; acadêmico das: Academia Internacional de Cultura Portuguesa, Academia Cristã de Letras e Academia de Letras da Faculdade de Direito da USP; Professor Emérito das universidades Mackenzie, CIEE/O, ECEME e Superior de Guerra - ESG; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa da Universidade de Craiova (Romênia) e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal).


SEGUNDO: Todo aborto em qualquer circunstancia incluindo a anecefalia é um CRIME HEDIONDO:


1)- É pré-meditado ( A mãe assassina marca até a data do crime de infanticídio).

2)- Feito de forma desumana e brutal (Veja os métodos abortivos).

3)- Feito a um inocente e sem a mínima chance de defesa.


QUE TRISTEZA: “O útero materno tornou-se infelizmente o lugar mais perigoso e inseguro para a vida humana.”


PERGUNTA QUE NÃO CALA: E vão agora obrigar um médico que JUROU defender a vida a matar ? Mesmo contra sua conciência ? Isto é um absurdo !!! A que ponto chegamos.

A tese da chamada ADPF 54 é de que na anencefalia não se trataria de “aborto”, pois inexistiria a possibilidade de vida extrauterina e, por isto, se situaria à margem da legislação atual.
Na realidade, esta tese não tem respaldo na literatura médica, pois, embora a anencefalia seja uma afecção extremamente grave, com a maior parte das crianças falecendo nas primeiras 24 horas após o parto, tem sido destacada a possibilidade de vida extra-uterina.

A anencefalia não é equivalente à morte encefálica: as crianças podem ter uma parte do encéfalo posterior, médio e resíduos do anterior.

Isso faz com que um pequeno percentual delas, em função do grau de comprometimento, possa ter alta hospitalar, chorando, movimentando-se, respirando espontaneamente e viver semanas, meses ou, excepcionalmente, mais de um ano.

Recentemente, faleceu uma criança brasileira de anencefalia com 1 ano e 8 meses, que, segundo sua mãe, reconhecia e acalmava-se com a sua voz, mas não com a de estranhos, o que sugere um certo nível de consciência primitiva, explicada por neuroplasticidade.

Toda prudência é necessária, pois, hipoteticamente, a adição obrigatória de ácido fólico às farinhas, tornada obrigatória pela Anvisa a partir de 2004, pode, além de diminuir a incidência da doença, atenuar sua apresentação clínica e permitir maiores sobrevidas.

Pode ser o caso da criança Vitória, que permanece viva após dois anos do diagnóstico neonatal de anencefalia. A área de saúde pode oferecer cuidados paliativos cada vez de melhor qualidade e apoio psicológico aos seus pais.
Tentar abreviar o sofrimento trazido por uma doença grave eliminando alguém porque não se pôde curá-lo ? Com esta atitude nos tornamos mais humanos ou meros animais utilitaristas ?



Rezemos por este derramamento de sangue inocente que virá sobre nossa Nação já tão sofrida.
Fonte http://berakash.blogspot.com.br/2012/04/crianca-anencefala-sente-dor-respira.html

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


PARTIU UM GRANDE CIDADÃO

Partiu para eternidade na manhã desta quinta-feira (26) um grande cidadão brasileiro, norte-riograndense, defensor dos mais humildes, do sertão nordestino, lutador contra a ditadura militar, desenvolvimentista, grande gestor público, chamadoGERCINO SARAIVA MAIA.

A frente do Programa de Desenvolvimento Solidário fez uma verdadeira revolução no campo e na música com as Bandas da Juventude Solidária no RN.

         Gercino Saraiva era advogado, ex-secretário municipal de Ação Social de São Gonçalo do Amarante, ex-secretário de Trabalho, Habitação e Ação Social do RN e ex-Coordenador do Programa de Desenvolvimento Solidário

Da nossa parte fica a saudade e lembrança de termos convivido e tido em Gercino um exemplo de homem público humilde, digno, honesto e acima de tudo solidário.

As Bandas de Música do RN, principalmente as 47 do projeto Bandas da Juventude Solidária, a Filarmônica de Cruzeta e a União das Bandas de Música do RN não esquecerão sua luta, seu trabalho e sua memória.

Obrigado amigo;


Humberto Carlos Dantas (Bembem),
Giuzelio Lobato deMelo,
Luis Dantas de França,
Camilo Henrique Dantas
Alzimar Trajano da Silva,
Luiz Carlos deLima
João Batista Carvalho,
Pela Coordenação daUNIBAM-RN


NOTA: O enterro de Gercino Saraiva será às 09:00hs desta sexta-feira (27) no cemitério Morada da Paz em Emaus, Natal-RN

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ESTE EU INDICO!
TODO BRASILEIRO DEVE LER ESTE LIVRO!!!

O 'desDEM' da história


José Agripino critica o PSD de Robinson Faria, dizendo que seu DEM tem história. Fábio Faria rebate, dizendo que a história de José começa com a posse do seu pai governador biônico, trazendo-o do Maranhão, onde era um engenheiro sem maiores referências para ser prefeito, também biônico, de Natal. A resposta de Fá
bio é muito boa, mas poderia ter sido muito melhor se ele fosse dado a estudar a história. O DEM de Agripino tem história, sim. Não faz muito tempo que era PFL, depois de ter sido PDS, sigla que substituiu a Arena, que por sua vez, num golpe de espada de Castelo Branco substituiu a UDN golpista de Carlos Lacerda, dando o golpe no próprio golpista. Foi UDN depois de ter sido Partido Republicano Conservador (PRC), que não era nada além do velho Partido Conservador dos tempos de Monarquia. Se for atrás bem direitinho, com a capacidade investigativa de um Amaury Júnior, vamos chegar ao "Partido dos Fariseus", aquele que, assim como a Arena fez com os progressistas brasileiros entregando-os à tortura da Operação Condor, há quase dois mil anos entregou Cristo ao Império Romano para ser crucificado. Pode parecer forçação de barra, mas é a verdade histórica. O DEM tem história. Uma história de corrupção, de entreguismo e incompetência. José Agripino, homem do Rabo de Palha, além de ter sido prefeito

 pela via biônica, foi governador pela via do pecado, pois à época o general Figueiredo disse que seu partido, o PDS, hoje DEM poderia cometer "alguns pecados" para eleger seus governadores. Lembro-me de Jaime Hipólito explicando no 'O Mossoroense que "pecado" no serviço público é sinônimo de "peculato", que é sinônimo de corrupção. E foi assim que Agripino derrotou Aluízio Alves, cujos filho e sobrinho hoje estão engrampados com ele para não deixá-lo ir para o lixo da história, onde já estão Heráclito Fortes, Marcos Maciel, Efrem Lima e outros próceres da linha "demo". No ranking da corrupção, de 2000 a 2007, o PT que Agripino chama de "antro da corrupção" tem 10 políticos cassados, enquanto o seu DEM figura com 69 cassados. O seu aliado estadual PMDB, tem 66 e o seu aliado nacional, o PSDB com 58. O DEM tem história. A história do entreguismo. A Privataria denunciada no livro-bomba de Amaury Júnior é um álbum de lembranças do DEM e seus comparsas. No RN, José Agripino ficou na história pelo Rabo de Palha, pelo fim dos Bandern e o desaparecimento dos 11 milhõe

s vindos de Brasília (DF) para sanear aquele banco, pelo fim do BDRN, pelos milhões nunca pagos ao Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, da falida Fazenda São João que não pagou milhões de energia da Cosern, pelo Morcego Negro, donde recebeu dinheiro de PC Farias para derrotar o primo Lavoisier, pelo escândalo da Pasta Rosa, por ter "ajeitado" a situação de dezenas de prefeitos pefelistas corruptos, com destaque para João Pedro de Guamaré, por ter salvado Rosalba do escândalo do Relatório Marpe. Tem história por ter mantido o "Mão Branca" no seu governo destruindo os Direitos Humanos no RN. Aliás, se Fábio fosse mais atento à história, lembraria o próprio avô, Osmundo Faria, um homem de direita, é bem verdade, mas um homem de bem que foi dormir governador e acordou ex-futuro governador porque Golbery do Couto e Silva, em nome de uma história muito feia tinha dado preferência exatamente ao pai de José Agripino para ser capitão-mor do Rio Grande do Norte.

Fonte:Jornal de Fato
Coluna:Crispiniano Neto (www.crispiniano.com.br)
Edição:30/12/2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Nota dos Bispos da Igreja Católica no Rio Grande do Norte

A Igreja Católica no Rio Grande do Norte, ao tomar conhecimento do Projeto de irrigação que o DNOCS deseja implantar na Chapada do Apodi, amparado pelo Decreto Nº 0-001 de 10 de Junho de 2011, que torna de utilidade pública 13.855,13 hectares para fins de desapropriação, vem, através de seus Bispos, manifestar a sua preocupação acerca da implementação do referido Projeto.

Todos somos sabedores que, naquela região, se concentram as principais experiências de agroecologia e produção de alimentos da Agricultura Familiar Camponesa do nosso Estado. Essa realidade nos interpela para a consciência de se preservar o modo de viver destas comunidades, bem como a sadia qualidade de vida dessas famílias e do meio ambiente, sem interferir em suas práticas culturais e socioambientais.

Sabemos da grande importância do aproveitamento das águas da Barragem de Santa Cruz do Apodi, garantindo, em primeiro lugar, o abastecimento humano de todas as comunidades rurais e urbanas da região, como também na utilização para a produção de alimentos saudáveis, sem uso de agrotóxico, geração de emprego, renda, segurança e soberania alimentar para as famílias de agricultores/as familiares.

Após diálogo com as famílias na região, movimentos sociais, serviços e pastorais sociais da Igreja Católica, que há muitos anos atuam na Chapada do Apodi, compreendemos que a proposta de projeto defendida pelo DNCOS trará enormes prejuízos aos agricultores familiares ali residentes, pois terão de deixar suas casas e as terras, onde vivem há mais de um século, praticando agricultura baseada na agroecologia, para dar lugar a um grupo de empresas cujo modelo de produção baseia-se na monocultura e no uso intensivo de agrotóxico que, como sabemos, contamina a água, a terra e o ar, com consequências graves diretas na saúde das pessoas e no meio ambiente.

Lamentavelmente, ao alimentar esse padrão de desenvolvimento, o atual governo inviabiliza a justa prioridade que atribuiu ao combate à miséria em nosso país, tendo como eixo estruturante o crescimento econômico pela via da exportação de commodities. Esse padrão gera efeitos perversos que se alastram em cadeia sobre a nossa sociedade. Na Chapada do Apodi, a expressão mais visível da implantação dessa lógica econômica é a expropriação das populações de seus meios e modos de vida, acentuando os níveis de degradação ambiental, da pobreza e da contínua dependência desse importante segmento da sociedade potiguar às políticas sociais compensatórias.

Não temos dúvidas de que esse modelo, aqui adotado desde o início de nossa formação histórica, ganhou forte impulso nas últimas décadas com o alinhamento dos seguidos governos aos projetos expansivos do capital. Materialmente, ele se ancora na expansão do hidro agronegócio e em grandes projetos de infraestrutura implantados para favorecer a extração e o escoamento de riquezas naturais para os mercados globais.

A Igreja Católica, à luz de sua doutrina social, entende que a implantação de um projeto desta magnitude não pode ser motivada por uma lógica meramente econômica e produtivista, que não leva em consideração a proteção da vida humana e da sociobiodiversidade. Não temos o direito de subordinar a agenda do bem viver das comunidades campesinas à agenda econômica do modo de produção e consumo vigente.

Neste momento, como pastores do Povo de Deus, que está sob o nosso cuidado pastoral, somos chamados a ser solidários aos agricultores/as familiares da Chapada do Apodi e a sensibilizar o Governo Federal para REVOGAR o Decreto Nº 0-001 de 10 de Junho de 2011 e abrir diálogo na construção de novo projeto com os recursos já disponibilizados no PAC, que seja capaz de integrar a Chapada e Vale do Apodi visando fortalecer a agricultura familiar camponesa de base agroecologica, incluindo todos os assentamentos que estão nesta região.

Por fim, pedimos que Nossa Senhora da Apresentação, a Senhora Santana e Santa Luzia, padroeiras de nossas dioceses, intercedam junto a Deus para iluminar nossos governantes, para que promovam o bem comum, a paz e a justiça socioambiental.

Natal-RN, 05 de dezembro de 2011



Dom Matias Patrício de Macedo
Arcebispo Metropolitano de Natal

Dom Mariano Manzana
Bispo de Mossoró

Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz
Bispo de Caicó

Dom Heitor de Araújo Sales
Arcebispo Emérito de Natal
Presidente do Seapac

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

LEI DO SEBAM FOI APROVADA NA AL
Recebo notícias de que foi aprovada a Lei que cria o Sistema de bandas de Músicas do RN. Vejamos na íntegra!

Foi aprovado por unanimidade na Assembléia Legislativa do RN,o Projeto de lei que cria o SISTEMA DE BANDAS DE NUSICA DO RN ( SEBAM -RN ),  estamos todos de PARABÉNS!!!
Agora é conseguir o compromisso da governadora Rosalba Ciarline, para sancionar a LEI, ainda este ano, vislumbrando que, em 2012, ja conste no orçamento do estado, nossos recursos.
E é isso aí... conseguimos!!!!
Agora devemos mantermos a mobilização, esseprojeto é de interesse de todos, por isso todos tem que se movimentar de alguma forma, para que as autoridades saibam, que estamos acompanhando tudo de perto e atentos.
Devemos sim, agradecer aos deputados e deputadas do RN e em especial a Mineiro, que foi o grande benfeitor para que esse momento pudesse ser concretizado. Merece sim nossa gratidão, 
MUITO OBRIGADO!!!
Bembem Dantas

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dona Marisa corta cabelo e barba do ex-presidente Lula

Na tarde de hoje (16), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva raspou a barba e o cabelo, antecipando a queda causada pela quimioterapia usada em seu tratamento contra o câncer de laringe. Dona Marisa Letícia cortou o cabelo e fez a barba do ex-presidente.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O companheiro Delúbio Soares me enviou um belo artigo sobre Lula  e faço questão de reproduzí-lo


LULA VENCERÁ

Delúbio Soares (*)
 Faz mais de três décadas que conheço Luiz Inácio Lula da Silva. Dirigente sindical dos professores de Goiás, pelos idos do final dos anos 70, fui apresentado ao dirigente sindical dos metalúrgicos do ABC paulista. Nascia ali um laço forte de respeito e admiração por sua luta, por seus ideais e pela forma como sempre se portou na defesa da classe trabalhadora.
Bem antes do alvorecer dos anos 80, a fervilhante década que marcou a redemocratização de nosso país com a eleição de Tancredo, as Diretas Já e a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, eu já estava ao lado de Lula fundando aquele que viria a ser o maior partido da história do Brasil e um dos mais importantes partidos de esquerda de todo o mundo. Tempo faz…
Enfrentamos a descrença da maioria absoluta, dos que não acreditavam no nascimento de um partido que consagraria seu ideário em favor da classe trabalhadora, das mulheres, das crianças, dos negros, dos indígenas e das minorias. Não colocavam fé num partido sem raposas tradicionais, sem doutores famosos ou grandes empresários, sem capilaridade alguma na elite dirigente de um país que se preparava para operar a transição do regime autoritário para uma abertura democrática, ainda que tímida, ainda que sob a tutela dos que nos oprimiram por 21 longos e duros anos de chumbo. Éramos só teimosia e fé.
O Partido dos Trabalhadores nascia como uma força da natureza, sem nenhuma estrutura grandiosa, enfrentando toda sorte de percalços e não bafejado pelos donos do poder econômico ou a mídia, sempre tão hostis. Mas o PT brotava do Brasil verdadeiro, das legiões de miseráveis do país onde suas imensas riquezas ainda estavam nas mãos de pequeníssima minoria. O PT surgia como um sonho generoso de uns poucos diante da incredulidade, do pessimismo e da acomodação da quase totalidade.
Ao lado de Lula percorremos cidades e campos, enfrentamos o frio da madrugada nas portas de fábrica da rica São Bernardo do Campo ou suamos em bicas, sob sol escaldante, pregando para meia-dúzia de irmãos nossos de um Brasil esquecido e paupérrimo nos grandes sertões e nas veredas do Jequitinhonha, então um vale da fome e do esquecimento. Lula fixava nas retinas a imagem do país sofrido que ele viria a transformar em Nação vitoriosa. Lula desenhou nas solas dos sapatos a geografia daquele Brasil faminto e doente, preterido e humilhado, com o qual celebrou um pacto de alma: resgatar a dignidade de sua gente e torná-lo um país mais justo e desenvolvido.
Com ele, Lula, nosso líder inconteste e nosso companheiro exemplar, colhemos aplausos tímidos de platéias escassas pelo interior sofrido, nos deparamos com a zombaria e o desestímulo dos que apenas espiam a história e não querem mudá-la. Fomos ovacionados em estádios lotados nas assembléias de trabalhadores e, também, na maioria das vezes nos intoxicamos com os gases das bombas lacrimogêneas, enfrentando a ira dos poderosos de então, sentindo no lombo a dureza dos cassetetes e no  coração a leveza de que – exatamente por tudo o que nos acontecia – estávamos no caminho certo.
Quando as vicissitudes faziam parte de nosso cotidiano e tudo era só incerteza ou insucesso, nem assim, jamais ouvimos dos lábios de nosso líder qualquer reclamação, lamúria alguma, uma blasfêmia sequer. Quanto pior a situação que enfrentávamos, mais Lula crescia. Impossível sentir medo, duvidar do futuro ou acreditar no fracasso ao lado de um homem que, sendo cordato de alma e flexível no diálogo, é uma cordilheira intransponível quando os princípios estão em jogo.
É que Lula faz parte de uma categoria raríssima de homens e de mulheres diferentes. São os que não vieram na vida a passeio, mas a serviço. São aqueles escolhidos pela história, para que sejam os agentes de seus desígnios e cumpram missões quase tão impossíveis quanto indispensáveis para seus povos. Suas vidas e seu amanhã não lhes pertence, passando a ser de sua gente e do próprio processo histórico. Com o Estadista Luiz Inácio Lula da Silva não seria e nem foi diferente.
Pior que o câncer era o destino reservado aquela família tão numerosa quanto paupérrima, de cidadezinha perdida no sertão do Pernambuco, que num precário caminhão pau-de-arara fugiu da fome e do abandono e foi “buscar a sorte” e “tentar a vida” no sul maravilha. Na carroceria lotada de sacos travestidos de malas, entre os rostos sofridos havia o sorriso luminoso de uma brasileira chamada Lindú e o olhar penetrante de um filho seu, mal-chegado à adolescência e a quem a história marcaria de forma tão indelével quanto gloriosa.
Muito pior que o câncer era a trajetória de vida que nossa estrutura social tão injusta destinava ao filho de Lindú. Trajetória tão igual a de outros milhões de brasileiros, de nordestinos, de pobres, de deserdados de um Brasil tão rico e tão pobre: poderia ser vendedor de laranjas, engraxate, jornaleiro, flanelinha, peão-de-obra, pintor de paredes, pedreiro… Com um pouco de esforço e sorte, poderia ser um operário qualificado ou funcionário público, pequeno comerciante… E já seria muito! Jamais, um “Doutor”! Isso sem falar nos que não sobrevivem à fome ou se perdem nos desvãos da injustiça social ou do submundo.
Lula venceu o pouco que lhe estava destinado. Ajudou sua mãe no dia-a-dia e no sustento de muitos irmãos, não rejeitou trabalho algum, enfrentou a pobreza e se tornou um metalúrgico. Depois, já era líder sindical respeitado e responsável pelas grandes greves que balançaram a ditadura e apressaram o processo de redemocratização. Preso e  humilhado, deixou o cárcere apenas para despedir-se da mãe adorada, já morta. Foi dos piores momentos de sua vida. Porém, Lula o superou e jamais guardou mágoas de quem quer que fosse. Seus carcereiros, trinta anos depois, declarariam seus votos nele para Presidente da República.
Fundou o PT, disputou e perdeu feio o governo de São Paulo. Logo após, disputou e perdeu três eleições consecutivas para a presidência da República. Lula sofreu toda sorte de agressões verbais e violências morais. Não lhe pouparam nada, nem a vida pessoal, nem sua família ou mesmo sua (pouquíssima) instrução escolar. Mas a história, caprichosa e sábia, mal registrará os nomes dos que o derrotaram. Até que em 2002, em verdadeira e  memorável revolução pelo voto, os brasileiros fizeram com que a esperança vencesse o medo e deram a ele, Lula, a oportunidade de mostrar a que veio. E ele não os decepcionou!
Mais de 40 milhões de brasileiros deixaram a pobreza e ingressaram na classe média. As universidades se abriram para o povo através de Pro-Uni e nunca se construiu tanta moradia popular quanto no governo do presidente Lula. A indústria e o comércio viveram os melhores anos desde o governo de JK, meio século antes. Um Brasil desmoralizado por três quebras humilhantes no naufragado governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, o “Príncipe dos Sociólogos”, passou a ser admirado e aplaudido pelo mundo todo durante o governo do semi-alfabetizado Lula, o “sapo barbudo”. O Brasil derrotado e perdedor, com a auto-estima estraçalhada pelo neo-liberalismo do tucanato, levantou sua cabeça e passou a ser um dos países eleitos para o sucesso e a liderança no século XXI. O olhar penetrante do menino esquálido do caminhão pau-de-arara viu longe, viu mais, viu o que os meninos ricos que governaram o Brasil antes dele jamais sonharam ver.

Lula enfrentou o ódio, o medo, o preconceito, a mentira, a calúnia, a maldade, a incredulidade, o pessimismo, a hipocrisia. E todos eles são espécies de câncer. Lula os venceu, o derrotou um a um.
Há hoje, nas entranhas do país que Lula transformou para melhor, em cada coração um lindo e nobre sentimento de solidariedade verdadeira, de pungente ternura, de amizade sólida, de admiração genuína, de torcida em favor do guerreiro que enfrentou e venceu todo e qualquer mal que se lhe apresentasse ao longo de seu caminho.
O coração generoso de nosso grande povo pulsa solidário e forte. Missas, cultos e orações se sucedem. Velas e luzes se acendem nos confins do Brasil mais profundo, mãos se unem em oração e os que nada tinham e hoje comem, trabalham, estudam e exercem plena cidadania, vibram positivamente por Lula, um irmão deles que chegou lá.
Agora Lula está lutando contra um câncer. Péssimo para o câncer: Lula, de novo, vencerá.
(*) Delúbio Soares é professor
http://www.delubio.com.br/