sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Agricultura familiar emprega 75% da mão-de-obra no campo, aponta censo do IBGE

Fonte: Portal PT Nacional

O Censo Agropecuário 2009 traz uma novidade: pela primeira vez, a agricultura familiar brasileira é retratada nas pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor emprega quase 75% da mão-de-obra no campo e é responsável pela segurança alimentar dos brasileiros, produzindo 70% do feijão, 87% da mandioca, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo consumidos no país.

Foram identificados 4.367.902 estabelecimentos de agricultura familiar que representam 84,4% do total, (5.175.489 estabelecimentos), mas ocupam apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.
O estudo do IBGE traça uma radiografia do setor, analisando características dos 5,2 milhões de propriedades rurais do país e ainda dados dos produtores.

Os resultados do levantamento permitem uma comparação com o último censo do tipo, referente aos anos de 1995 e 1996. Entre as informações estão dados sobre a estrutura fundiária, a produção, as técnicas utilizadas, o pessoal ocupado e as finanças desses estabelecimentos.

Segurança alimentar
Apesar de ocupar apenas um quarto da área, a agricultura familiar responde por 38% do valor da produção (ou R$ 54,4 bilhões) desse total. Mesmo cultivando uma região menor, a agricultura familiar é responsável por garantir a segurança alimentar do país gerando os produtos da cesta básica consumidos pelos brasileiros. O valor bruto da produção é de R$ 677 por hectare/ano.
A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%). O valor médio da produção anual foi de R$ 13,99 mil.

Outro resultado positivo apontado pelo Censo é o número de pessoas ocupadas na agricultura: 12,3 milhões de trabalhadores no campo estão em estabelecimentos da agricultura familiar (74,4% do total de ocupados no campo). Ou seja, de cada dez ocupados no campo, sete estão nesta atividade que emprega 15,3 pessoas por 100 hectares.

O Censo também revela que dos 4,3 milhões de estabelecimentos, 3,2 milhões de produtores são proprietários da terra. Isso representa 74,7% dos estabelecimentos com uma área de 87,7%.

Produção de soja
A cultura da soja foi a que mais se expandiu no país na última década. Com um aumento de 88,8% na produção, foram produzidos, em 2006, 40,7 milhões de toneladas, em 15,6 milhões de hectares. A área colhida também teve aumento de 69,3%. Ao todo, a produção de soja gerou R$ 17,1 bilhões para a economia brasileira. O grão foi cultivado em quase 216 mil propriedades, localizadas principalmente no Centro-Oeste

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A verdade sobre Honduras

por: Eduardo Guimarães www.cidadania.com

Nunca será demais dizer a verdade sobre o que está acontecendo nas Honduras da América Central, bem como pesar que conseqüências podem advir do desfecho de tais acontecimentos. Tentarei, pois, fazer este registro histórico da forma mais simples possível, sem rebuscar na linguagem ou me estender demasiadamente em pormenores, visando a fácil compreensão, por qualquer um, da situação política naquele país.

Também julgo importante, para um registro desta natureza, apresentar somente fatos inquestionáveis, de forma que, ao leitor, fique a decisão sobre que parte envolvida tem razão ou se alguma das partes a tem.

Será importante registrar, também, como os formadores de opinião (imprensa e classe política) no Brasil vêm tratando o assunto. Este país acabou assumindo um dos papéis protagonistas nessa crise – para o bem, no entender de alguns, e para o mal no entender de outros – ao conceder abrigo ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na representação diplomática do Brasil naquele país.


Vamos, pois, aos fatos.


Numa madrugada de junho de 2009, soldados hondurenhos invadiram a casa do então presidente de Honduras, Manuel Zelaya. Foram ao seu quarto e o surpreenderam dormindo ao lado de sua mulher. Sob a mira de armas, levaram-no ao aeroporto de pijamas e o deportaram do próprio país, deixando a família para trás.
Em seguida, a Justiça e o Legislativo de Honduras apresentaram suposta carta de renúncia de Zelaya – carta que, desde o primeiro momento, ele nega ter escrito – e, sem votação popular alguma, “elegeram” presidente um dos opositores políticos do presidente deposto. Ou seja: o grupo que depôs Zelaya escolheu o novo presidente entre seus membros e deu posse a ele sem consultar a população.
Há que ressaltar bem a situação: o presidente eleito pela maioria dos hondurenhos foi tirado do cargo sem que tivesse tido julgamento de qualquer espécie e, assim, oportunidade de se defender das acusações que seus adversários lhe fizeram para justificar as sanções que lhe foram impostas. São acusações de ter cometido crimes que justificariam sua deposição. Elas, porém, contrastam com a opção por deportá-lo em lugar de prendê-lo e julgá-lo.

Acusaram o presidente deposto de ter convocado um plebiscito, uma consulta ao povo hondurenho sobre se o seu país deveria ou não convocar uma assembléia constituinte, ou seja, uma reunião de legisladores para escrever e votar uma nova constituição, e de Zelaya pretender que essa assembléia votasse uma lei que lhe permitisse disputar novo mandato.

Vale dizer que a vigente constituição de Honduras proíbe reforma constitucional e propositura de reeleição de um presidente, e determina que o ocupante de cargo público que proponha tal coisa perca o cargo e fique inelegível por dez anos.
Zelaya afirma que esse trecho da constituição de seu país vale para funcionários públicos de escalões inferiores e não para o presidente da República, e a comunidade das nações considerou ilegal a destituição do presidente sem o devido processo legal e amplo direito de defesa do processado, e rejeitou que a pena tenha sido aplicada antes de qualquer julgamento.

Por conta disso, nenhum país reconheceu o novo governo e sanções econômicas dessa comunidade internacional se sobrepuseram contra Honduras sob a exigência de que os que derrubaram Zelaya lhe devolvam o poder.

Os que perpetraram o que todas as instituições e países do mundo consideraram “golpe de Estado”, devido à crescente pressão internacional adotaram a estratégia de tentar legitimar pelo voto popular a interrupção de um mandato concedido de forma inquestionável pela maioria dos hondurenhos: convocaram eleição para presidente no próximo mês de novembro.

A ONU, a OEA, a União Européia e todas as demais instituições multilaterais mais importantes, bem como a totalidade dos países – Estados Unidos incluídos –, rejeitaram uma eleição comandada pelos que interromperam um mandato popular por meio de armas e de constrangimento físico sem dar ao detentor daquele mandato a chance de se defender num processo legal de perda de mandato.

Além disso, as forças de repressão do regime que se instalou depois da deposição de Zelaya passaram a atacar a tiros e a prender indiscriminadamente os milhares de cidadãos que protestam contra a deposição do presidente que apóiam, e tais forças passaram a proteger manifestações pró regime orquestradas por este regime, manifestações flagrantemente caracterizadas por empresários e pelas camadas mais ricas da sociedade hondurenha.

É neste ponto que surge uma divergência espantosa entre gigantes. Todas as instituições multilaterais e chefes de Estado de todas as grandes democracias do mundo se contrapõem aos maiores meios de comunicação de grande parte dos países (sobretudo dos meios da América Latina), que têm preferido apontar os “crimes” de Zelaya ou sua "militância política" na embaixada do Brasil, o que fazem em benefício do processo ilegal de sua destituição.

Na América Latina, primordialmente, as oposições aos governos tidos como de esquerda na região unem-se à imprensa na preferência por aqueles que a comunidade das nações chama de golpistas, termo que inclusive é adotado pela mesma imprensa que surgiu com a tese de “golpe corretivo”, ou seja, um golpe que dura apenas o suficiente para derrubar um governo que uma parte da sociedade julgue que não deve prosseguir, mas sem a menor garantia de que aquela decisão seja apoiada pela maioria.

Um fato inquestionável: a imprensa latino-americana apoiou golpes de Estado na região durante o século passado todo, tendo, inclusive, apoiado tentativas de golpe neste século, como aconteceu na Venezuela em 2002, onde uma tentativa de golpe foi defendida por meios de comunicação de vários países, inclusive o nosso.

No Brasil, políticos e jornalistas de esquerda dizem abertamente que as grandes tevês comerciais, os grandes jornais e as grandes revistas semanais apóiam o golpe em Honduras porque acalentam a idéia de que golpes como o hondurenho possam ser dados no Brasil se um governante algum dia adotar medidas que firam interesses do grupo social a que pertencem os donos desses meios de comunicação.

Também ressalta o crime internacional cometido pelo regime dito golpista, que, violando acordos internacionais, ataca com guerra psicológica e gases tóxicos a embaixada brasileira em Tegucigalpa, num desafio aberto à comunidade das nações. Os ataques derivam de o presidente deposto ter voltado a Honduras e se abrigado em nossa representação diplomática naquele país.

Manuel Zelaya foi derrubado, segundo certa corrente de pensamento, porque vinha adotando políticas sociais e econômicas inspiradas nas de seu então homólogo venezuelano, Hugo Chávez, despertando na direita hondurenha (empresariado e classes sociais mais altas) temor de “socialização” de um país que figura entre os campeões de concentração de renda no mundo, tal como o Brasil.

Não se trata de uma invenção de ninguém em particular o que todas as grandes democracias, a Organização das Nações Unidas, a Comunidade Européia, a Organização dos Estados Americanos – e quantos mais quiserem pôr na lista – concordam, ou seja, que a deposição de Zelaya, tal como foi feita, constitui ameaça ao direito dos povos do mundo inteiro de escolher governantes e de essa escolha ser respeitada.

Escrevi este texto inspirado em dúvidas manifestadas por enfermeiras da Unidade de Terapia Intensiva do hospital Santa Catarina, em São Paulo, onde minha filha de dez anos está internada. Elas manifestaram dúvidas sobre “quem teria razão” nesse caso da crise política e institucional em Honduras.

As enfermeiras disseram-se cheias de dúvidas depois de assistirem comigo, no quarto de minha filha no hospital, reportagem do Jornal Nacional sobre o assunto. Espantou-me a dúvida delas sobre quem teria razão, a Globo ou Lula. Ficou-me claro que entenderam que a emissora apóia os que derrubaram Zelaya e que Lula apóia o presidente deposto.

O claro apoio de grandes meios de comunicação e de políticos de direita a golpe de Estado num continente como a América Latina, que já sofreu tantos golpes de direita apoiados por grandes meios de comunicação, constitui-se num clichê latino-americano surrado, o das repúblicas bananeiras, imagem criada para designar republiquetas centro-americanas em que governos surgem e somem ao sabor de decisões de gabinete.

Estes são os fatos sobre Honduras. Nada do que escrevi aqui pode ser questionado. Espera-se, pois, que este texto simples e direto possa ajudar na difusão de fatos que todo brasileiro precisa entender bem, pois o processo em Honduras pode influenciar nosso futuro de maneira determinante, sobretudo se passar despercebido daquela parte enorme da população que pouco se informa.


* Eduardo Guimarães é Presidente do Movimento dos sem mídia e autor do Blog www.Cidadania.com


Fátima quer 'Ficha Limpa' no pleito de 2010

A deputada federal Fátima Bezerra participou do ato de entrega do projeto de iniciativa popular que institui a chamada "ficha limpa" obrigatória para os candidatos nas eleições. A proposta foi entregue pelo Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Michel Temer, no início da tarde de ontem.

O projeto de lei recebeu 1,3 milhão de assinaturas, coletadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O texto torna inelegível candidato condenado em primeira instância ou denunciado por crimes como improbidade administrativa, uso de mão de obra escrava e estupro. A deputada petista acredita que, por ser uma iniciativa popular, a proposta terá mais força para ser aprovada no Congresso Nacional.
"Essa proposta trará mudanças efetivas no nosso sistema eleitoral porque vem de fora para dentro com o respaldo de 1,3 milhão de eleitores." A deputada disse que vai defender a aprovação do projeto na íntegra.

DEUS TE ABENÇOE


A história registra que no dia 18 de outubro de 1924 a devotada trabalhadora espírita D. Clélia Rocha fundou, na cidade de São Manuel (SP), o Lar Anália Franco, entidade destinada a acolher crianças órfãs. Até os dias de hoje, a instituição já abrigou perto de dez mil internas, amparando-as e orientando-as até que estejam aptas para enfrentar o mundo. Mas o trabalho em favor do bem nem sempre é compreendido. Sempre haverá aqueles dispostos a atirar pedras, no sentido exato da palavra. D. Clélia soube enfrentá-los com base nas lições de Jesus, conforme relatos do Espírito Hilário Silva.

Logo após fundar o referido lar, D. Clélia viu-se em sérias dificuldades para mantê-lo. Tentando angariar fundos de socorro, a fiel servidora conduzia as crianças aqui e ali em simples atividades artísticas. Acordava almas, comovia corações e assim sustentava o difícil período inicial da obra.
Desembarcando certa noite em uma pequena cidade, foi alvo de injusta manifestação antiespírita. Vaias, gritarias, condenações foi a recepção oferecida. D. Clélia, com auxílio de pessoas bondosas, protege as crianças. Em meio à confusão, vê que um moço robusto se aproxima e, em seguida, atira-lhe uma pedra na cabeça. Com o golpe violento, o sangue escorre. Mas a trabalhadora do bem continua como quem desconhece o agressor. Medica-se depois. Cuidar das crianças estava em primeiro plano.
Por mais de uma semana, D. Clélia permaneceu naquela comunidade, orando e servindo aos necessitados. Acabava de atender a um doente em casa particular, quando entra uma senhora aflitíssima. É uma mãe que está com o filho acamado com meningite, pedindo-lhe auxílio espiritual. D. Clélia não vacila. Corre ao encontro do enfermo e, surpreendida, encontra nele o jovem que a ferira. Febre alta. Inconsciência. A missionária desdobra-se em cuidados e dedicação. Aplica-lhe passes (transfusão de energias psíquicas e/ou espirituais), preces, enfermagem carinhosa. Ao fim de seis dias, o doente recupera-se. Envergonhado, reconhece-a. Quando a sós, beija-lhe respeitosamente as mãos e pergunta: - A senhora me perdoa? Ela, com brandura, disse apenas: - Deus te abençoe, meu filho.

Em situações semelhantes como a maioria das pessoas reagiria? Na prática, vemos muitas revidando a pedrada recebida. Mas exemplos de humildade como o de D. Clélia não ficam sem fruto. O jovem recuperado acabou tornando-se valoroso militante da Doutrina Espírita e destemido trabalhador do Evangelho de Jesus.

Lembremos sempre que nosso vínculo é com Jesus e não com as pessoas. Tudo quanto fizerem conosco não nos afetará, porque Ele nos defenderá de todo mal que não esteja estabelecido pela Lei de Causa e Efeito.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

ENBLORN foi um sucesso

Por iniciativa do blogueiro Robson Oliveira, o ENBLORN aconteceu no útimo dia 26 em Lajes.


Robson Oliveira abriu o evento

Blogueiros de toda as regiões do Rio Grande do Norte estiveram reunidos trocando experiências acerca da arte de blogar.

"Blog: Democratização da comunicação", foi o tema do encontro que teve na sua abertura a participação do Prefeito do município Benes Leocádio de lajes, que também é presidente da FEMURN.

Benes Leocádio destacou a importância dos blogs

Benes falou da importância do evento e também das iniciativas de inclusão digital que estão sendo implantada Lajes através de sua administração, onde já disponibilizou internet sem fio de acesso livre para todo municipio.

O Poder dos blogs dentro do processo de democratzação da comunicação foi enfatizado por Daniel Dantas que é professor universitário e doutorando na área da comunicação

Carlos santos "não façais aos outros o que não quereríeis que fosse feito a ti mesmo"

O blogueiro Carlos Santos enfatizou a importancia dos blogs na política e ainda mostrou que não basta postar matérias. É necessaário que o leitor veja no blog um espaço dinâmico e de fácil compreensão, e isto iclui um visual adequado a cada estilo de público.

Calos santos concorda que não existe imparcialidade no blogueiro. “Uma vez que emito qualquer opinião, estou sendo parcial com algum pensamento ou ideologia”, disse Carlos Santos. E conclui, “nunca faça ao outro o que não gostaríeis que fosse feito contigo”.

Taciana Burgos

Destaque para a última palestra do evento proferida pela Professora de comunicação social da UFRN, Taciana Burgos, que enfatizou as questões de estrutura e lay-outs do blog.

João do PT participou do ENBLORN


O blogueiro João do PT, Pola Pinto de Messias targino e Katerine de campo grande participaram ativamente das atividades do encontro de blogueiros. João afirma que o mesmo trouxe subsídios para que possamos ampliar os conhecimentos acerca deste assunto.