quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008


Coeficiente do município cai para 0.6


Severiano MeloO município ainda amarga o resultado do último censo demográfico, realizado no ano passado. Depois da nova sondagem feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população foi reduzida em aproximadamente 50%, o que ocasionou a redução do Fundo de Participação do Município (FPM).

Antes do censo, a Prefeitura acreditava que Severiano Melo tinha 10.507 habitantes. Depois do levantamento de dados, foi constatado que apenas 5.607 pessoas eram consideradas residentes no território. Com isso, comunidades como Floresta, parte de Malhada Vermelha e Boa Vista II, Novo Oriente e Baixa do Açudinho, passaram a pertencer a Apodi, Itaú e Rodolfo Fernandes. A informação muda completamente o ritmo do município, que agora terá de realizar várias mudanças nos quadros internos, prejudicando funcionários e principalmente a comunidade escolar. O problema se agravou depois da notícia que a parcela do FPM será reduzida, já que o coeficiente de participação foi reduzido de 0.8 para 0.6.

Segundo o prefeito Silvestre Monteiro(foto), será necessário demitir algumas pessoas que tinham contratos mais recentes, reduzir o número de transporte escolar e até fechar algumas escolas. “Dos contratos existentes hoje na Prefeitura, a partir de minha administração, uma média de 50% será cortada, devido à redução dos recursos”, informou Silvestre.

O percentual representa aproximadamente 80 pessoas que deixarão de trabalhar na cidade a custa das informações do IBGE. “Isso tem a ver unicamente com as reduções de despesas que seremos obrigados a fazer, já que o município só pode gastar até 54% da receita com pessoal, do contrário estaremos desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, acrescentou.


Mudança também prejudicará os outros municípios


o aumento da população dos outros municípios também irá trazer alguns prejuízos para suas administrações, ainda que pequenos. Enquanto Severiano Melo perde FPM com a redução populacional, Itaú, Rodolfo e Apodi só terão mais trabalho, já que o acréscimo de pessoas não irá alterar em nada o repasse.

Segundo Silvestre Monteiro, quem sairá prejudicado com tudo isso é o povo, que poderá ficar sem assistência, caso os vizinhos não queiram comprometer suas receitas. “No caso de Itaú, o município só se beneficiaria com isso caso o aumento fosse de 10 mil pessoas aproximadamente”, disse Sivestre. Mesmo com a preocupação, ele garantiu que a Prefeitura irá trabalhar com o que puder para continuar auxiliando as comunidades rurais que deixaram de pertencer a seu território, até que, ou a União volte atrás da sua decisão, ou que eles tenham garantido a ajuda das outras prefeituras.

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