quinta-feira, 12 de junho de 2008

Um caso de tragédia coletiva e sua explicação
Em 17 de dezembro de 1961, um incêndio destruiu o Gran-Circo Americano, em Niterói (RJ), durante o espetáculo. A estrutura desabou e as lonas em chamas caíram sobre cerca de duas mil pessoas das quais por volta de oitocentas eram crianças. A tragédia abalou o Brasil. Detalhado esclarecimento acerca do fato nos narra o Espírito Humberto de Campos através da psicografia de Chico Xavier, no livro Cartas e Crônicas.
Narra o Espírito que no ano de 177, em Lião, França, no sopé de uma encosta mais tarde conhecida como colina de Fourvière, improvisara-se grande circo, com alto tapume em torno de enorme arena. Era a época do imperador Marco Aurélio, que se omitia quanto às perseguições que eram infligidas aos cristãos. Por isto a matança destes era constante e terrível. Já não bastava que fossem os adeptos de Jesus jogados às feras para serem estraçalhados. Inventavam-se novos suplícios. Mais de vinte mil pessoas haviam sido mortas. Anunciava-se para o dia seguinte a chegada de Lúcio Galo, famoso cabo de guerra, que desfrutava atenções especiais do imperador. As comemorações para recebê-lo deveriam, portanto, exceder a tudo o que já se vira. Foi providenciada uma reunião para programação dos festejos.
Gladiadores, dançarinas, jograis, lutadores e atletas diversos estariam presentes. Foi quando uma voz lembrou: -"Cristãos às feras!" Todos aplaudiram a idéia, mas logo surgiram comentários de que isto já não era novidade. Em consideração ao visitante era preciso algo diferente. Assim, foi planejado que a arena seria molhada com resinas e cercada de farpas embebidas em óleo, sendo reunidas ali cerca de mil crianças e mulheres cristãs. Seriam ainda colocados velhos cavalos e ateado fogo.
Todos gargalhavam imaginando a cena. O plano foi posto em ação. E no dia seguinte, conforme narra Humberto de Campos, ao sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, encontraram a morte, queimadas ou pisoteadas pelos cavalos em correria.
Porém, qualquer transgressão que façamos às leis divinas, mais cedo ou mais tarde, o ajuste se fará necessário.
Conforme afirma o cronista espiritual, quase dezoito séculos depois, todos os responsáveis por aquele perverso episódio, estavam reaproximados através da reencarnação, em dolorosa expiação na tragédia do Gran-Circo Americano em Niterói.
Na nossa vida, nada acontece por acaso. Tudo tem uma razão de ser, mesmo os fatos que se nos apresentem mais horrendos. Daí, o cuidado que deveremos ter com nossas atitudes.

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