quarta-feira, 2 de setembro de 2009

IGUALDADE E DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS

Afirmam os Espíritos Superiores que todos os homens são iguais perante Deus. Nota-se, porém, que em todos os povos há grandes desigualdades de aptidões, sociais e de riquezas. Parece até uma contradição a afirmativa inicial. Somente analisando-se à luz da reencarnação é possível compreender-se.

Todas as pessoas dirigem-se para o mesmo fim e estão, sem exceção, submetidas às Leis Divinas. Não há superioridade natural a nenhum homem, nem pelo nascimento, nem pela morte. Todos estão sujeitos às mesmas situações.

Ora, se somos iguais perante o Pai, por que Ele não concedeu as mesmas capacidades a todos? Deus criou iguais todos os Espíritos. Cada um deles viveu mais ou menos tempo e, portanto, obteve maior ou menor soma de aquisições. A diferença entre eles está na diversidade da experiência alcançada e da vontade com que procedem, ou seja, o livre-arbítrio. É por isso que uns se aperfeiçoam mais rapidamente do que outros, o que lhes dá aptidões diversas. Essa variedade é necessária, a fim de que cada um possa contribuir para o cumprimento dos planos de Deus, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais. Assim, cada um tem seu papel útil a desempenhar.

A desigualdade das condições sociais não é obra de Deus. É criação dos homens e desaparecerá quando o egoísmo e orgulho deixarem de predominar. A desigualdade que restará é apenas a do merecimento. Chegará o dia em que as pessoas deixarão de ser consideradas como de sangue mais ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social. Aos que abusam da sua condição social para oprimir os fracos, chegará o dia de renascerem numa existência em que sentirão na pele as consequências do que tenham feito.

Outra desigualdade que salta aos olhos é a riqueza de uns e miséria de outros. São provas muitas vezes escolhidas pelos próprios Espíritos, mas, frequentemente não resistem a elas. A miséria provoca as reclamações contra a Providência e a riqueza leva a todos os excessos. O rico é submetido à prova de fazer bom uso dos seus bens e seu poder, e o pobre, à da resignação.

Apesar do avanço, a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher ainda está longe do ideal. A ambos, Deus concedeu oportunidade de conhecimento do bem e do mal, a capacidade de progredir e o dever de se ajudarem mutuamente e suportar as provas de uma vivência. As funções que lhes são permitidas tem o mesmo grau de importância e, até maior na mulher, por ser ela que dá ao homem as primeiras noções da vida.

Sendo todas as pessoas iguais perante a Lei de Deus, igualmente devem ser diante das leis humanas. O grande princípio de justiça é este: fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem.

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