terça-feira, 15 de dezembro de 2009


DESLIZES MORAIS

Escândalos envolvendo políticos tomam conta do noticiário em todos os recantos deste imenso país. Entre aqueles que foram eleitos para representar os interesses da população, lamentavelmente muitos estão seguindo pelos caminhos dos deslizes morais. É importante, porém, refletir: essas pessoas saíram dos nossos lares, das nossas famílias. Muitas criaturas ao nosso redor também seguem no mesmo rumo. E que valores morais lhes foram transmitidos pelos pais? E o que estão ensinando aos filhos?
Há uma passagem bíblica (Lucas, 16:10) que diz assim: "Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo também é injusto no muito". Quando assistimos a esses escândalos que envolvem o dinheiro público, revoltados, muitos de nós apressadamente nos aventuramos a dizer que somos diferentes dos políticos envolvidos. Que nunca faríamos nada igual. No entanto, poucas pessoas percebem que para se chegar a grandes erros, começa-se pelos pequenos. Por falta de disciplina, acabam sendo incorporados aos hábitos; e daí...
O espírito Joanna de Ângelis, tratando dos deslizes morais através da psicografia do médium espírita Divaldo Franco (Iluminação Interior, Ed.Leal), nos alerta que todos somos candidatos a uma existência saudável. Sabedores da nossa condição de imortais, de continuidade da vida após a morte física, não nos permitamos a prática dos deslizes morais considerados de pequena importância. O erro é sempre um compromisso negativo, e toda lesão moral, particularmente as produzidas no organismo social, constitui grave comprometimento. E o responsável não poderá fugir dos efeitos provocados. Quem se permite a conivência com o erro aprende a viver com a deslealdade em suas atitudes. E recomenda: "Mantém-te na trilha da retidão, não aceitando as conveniências do mercado dos engodos humanos, que denigrem as conquistas da inteligência, em face do atraso das realizações íntimas de natureza moral. As fraudes buscam vantagens sob o comando medonho do egoismo, que elege para si, em detrimento do mínimo para os outros (...). Não te permitas subornar por valores materiais, nem morais, nem sociais, nem afetivos. Não te subornes a ninguém".
Felizmente, há um grande número de cidadãos de ambos os sexos, que se comportam com a dignidade necessária. Vez por outra, pessoas humildes e portadoras de carência econômica encontram objetos ou dinheiro perdido e de imediato procuram entregá-los a seus legítimos donos. Não raramente são criticados pelo ato, chamados de bobos, etc. Não custa, porém, lembrar a promessa de Jesus: aquele que for fiel no pouco, sobre o muito será colocado (Mateus 25:23). Tenhamos cuidado com as armadilhas do erro, das mentiras, da deserção moral, pois no final da nossa caminhada terrena, o encontro com a nossa própria consciência será inevitável. E o que fizermos da nossa existência, será o céu ou inferno de cada um.

Nenhum comentário:

Postar um comentário