terça-feira, 29 de dezembro de 2009


Os dados do Banco Central divulgados esta manhã mostram que os juros cobrados ao consumidor brasileiro são os menores em 15 anos. Ainda assim, são enormes. O custo médio do crédito para aa pessoa física em novembro foi de 43% ao ano e, para a pessoa jurídica, 26%, também os mais baixos desde 2008.
Mas os dados que vou trazer aqui para vocês os jornais não se apressam em publicar. E tem tudo a ver com o que eu disse ontem sobre os bancos públicos estarem forçando a baixa dos juros, claro que dentro de padrões que não comprometam a rentabilidade dentro de um mercado financeiro competitivo, como tem o Brasil. Se este modelo de sistema financeiro deve mudar é outra e importante história.
Mas comparem os números, que são oficiais e podem ser acessados aqui, no Banco Central.

Pessoa Jurídica – Desconto de Duplicatas

InstituiçãoTaxa
BANCO DO BRASIL S A2,12%
BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.2,43%
CAIXA ECONOMICA FEDERAL2,44%
HSBC BANK BRASIL2,50%
BANCO BRADESCO S A3,02%
BANCO ITAÚ S A3,32%

Pessoa Física – Cheque Especial

InstituiçãoTaxa
CAIXA ECONOMICA FEDERAL6,26%
BANCO DO BRASIL S A7,76%
BANCO BRADESCO S A8,25%
BANCO ITAÚ S A8,36%
HSBC BANK BRASIL8,62%
BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.9,00%
Como já expliquei outras vezes, ao citar estes dados, existem taxas menores, em bancos focados em nichos de clientes, por isso restringi a comparação aos grandes bancos de varejo de porte nacional.
É nítido que, embora as taxas permaneçam enormes, o pesso dos bancos públicos está forçando para baixo. E os “bancões” privados resistem e perdem mercado.
Se você for conferir as tabelas do Banco Central, cuidado para não confundir o Banco Itaú SA com o Itaú BBA, que é o ramo corporativo do banco para altos financistas e, obviamente, não é feito para você.
Nas  tabelas acima você pode ver o que o Dr. Roberto Setúbal, dono do Itaú,  chama de “remunerar o capital”.
http://www.tijolaco.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário