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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O BRASIL ADMINISTRADO PELO PT E LULA É ISTO AÍ!


Washington Post: Quem nasce pobre no Brasil já não está condenado a morrer na pobreza

GOVERNO LULA

Booming economy, government programs help Brazil expand its middle class

By Juan Forero
Washington Post Foreign Service
Sunday, January 3, 2010; A06

RIO DE JANEIRO --Teresinha Lopes Vieira da Silva vende pimentas e temperos numa banca de rua, mas o negócio dela não é improvisado.
Ela vende para os restaurantes mais chiques do Rio e vê seu sucesso refletido nas duas casas que comprou. Em vez de sobreviver, ela se juntou à classe média de um Brasil crescentemente afluente, suas conquistas tornadas possíveis por empréstimos do governo e uma economia em crescimento.
"Agora vivo em uma casa com seis cômodos", diz Vieira da Silva, 62, falando em sua casa na Rocinha, um distrito pobre mas movimentado por um grande número de empreendedores. "Não tem uma piscina ainda, mas estou planejando construir uma".
Um dia afetado pela alta inflação e perenemente suscetível às crises mundiais, o Brasil agora tem um mercado consumidor vibrante, grau de investimento para sua dívida soberana, vastas reservas de moeda e um setor agrícola que está tentando suplantar o dos Estados Unidos como o mais produtivo do mundo.
A economia de U$ 1,3 trilhão é maior que as da Índia e Rússia e a renda per capita é quase o dobro da renda per capita da China. Recentes descobertas feitas pela companhia estatal de petróleo vão tornar o Brasil um dos maiores produtores mundiais de petróleo. Uma burocracia invencível não atrapalhou o investimento estrangeiro, que foi de 45 bilhões de dólares em 2008, três vezes mais que uma década antes.

Economistas e cientistas sociais daqui dizem que uma economia voltada para o comércio mundial e programas governamentais inovadores estão tirando milhões da pobreza e acabando com o que antes era uma certeza: que uma pessoa nascida pobre no Brasil morreria pobre.

Progresso sólido, tangível
Desde 2003, mais de 32 milhões de pessoas neste país de 198 milhões entraram na classe média, e cerca de 20 milhões sairam da pobreza, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, um grupo do Rio que faz estudos socioeconômicos.
"Podemos gerar crescimento com inclusão como nenhum outro país pode, dado o tamanho do país e os níveis de desigualdade", diz Marcelo Neri, economista-chefe do centro. "O Brasil está seguindo o que você pode chamar de caminho do meio. Estamos respeitando as leis do mercado e, ao mesmo tempo, estamos fazendo uma política social muito ativa".
Desde 2002, um boom das commodities promoveu o crescimento forte e diminuiu a pobreza em toda a América Latina. Mas o progresso do Brasil é talvez o mais notável porque o país tem mais gente pobre que qualquer outro país da América do Sul e por muito tempo esteve entre as sociedades mais desiguais do mundo.
Neri diz que o Brasil fez progresso sólido criando 8,5 milhões de empregos desde 2003, e instituindo programas como assistência de alimentação para famílias pobres e crédito de baixo custo para compradores de casas e donos de pequenos negócios.

A mudança foi tangível para gente como Thiago Firmino, 28, um professor. Ele vive em um lugar pobre por toda sua vida, mas tem um automóvel e um computador e diz que a vida do filho dele será mais fácil.
"Muita gente melhorou de vida", ele disse. "Não é que tenham construído um castelo mas, você sabe, deram pequenos passos e melhoraram".
A fundação para o sucesso de hoje foi assentada no governo de Fernando Henrique Cardoso, um acadêmico-tornado-político mais conhecido por controlar a inflação na metade dos anos 90. O homem que ficou com a maior parte do crédito foi seu sucessor, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, que como líder sindical um dia combateu a globalização.
A eleição de Lula para a presidência em 2002 causou arrepios na elite econômica do Brasil, que se preocupou que um ex-ativista poderia levar o país por um caminho populista, anticapitalista, como Hugo Chávez fez na Venezuela.
Lula acabou fazendo do fim da pobreza sua prioridade, mas ele também se mostrou um líder amigável ao mercado e hoje é popular na comunidade de negócios do Brasil.

Com a Ásia faminta por soja, carne e minério de ferro, o crescimento econômico do Brasil foi em média de 4,2% entre 2003 e 2008, um ano em que o investimento estrangeiro no país teve um aumento de 30% em relação a 2007, de acordo com a Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe. A crise econômica mundial causou uma breve queda aqui, mas economistas dizem que o Brasil terá crescimento de 5% em 2010.
Na Sul América Investimentos, em São Paulo, Marcelo Mello, vice-presidente de asset management, disse que no passado os investidores se preocupavam com a inflação e os juros altos.

Agora, impulsionada por investidores brasileiros, a Sul América gerencia 9 bilhões de dólares, três vezes mais que cinco anos atrás. "Nos últimos dez anos, vimos um grande movimento em nossos fundos industriais e nos mercados brasileiros", ele disse.
O mercado de ações está produzindo um número recorde de bilionários e a riqueza no Brasil é palpável. Apartamentos luxuosos estão crescendo em bairros da moda e as lojas mais exclusivas do mundo, da Tiffany's à Gucci, consideram os mercados de Rio e São Paulo férteis.

Entusiasmados com o futuro
Naturalmente, a maioria dos brasileiros está longe de ser rica. Nas vastas comunidades urbanas pobres muitos jovens se voltam para as drogas, a qualidade das escolas públicas é baixa e os serviços básicos como a saúde são cronicamente mal financiados, dizem os moradores.

"Você acredita que isso serve a 150 mil pessoas?", diz Flavio Wittlin, que organiza um grupo que ajuda a tirar gente jovem das ruas no momento em que passava por um pequeno centro médico na Rocinha. Ele disse que vários serviços no bairros, da coleta de lixo ao policiamento, estão abaixo do desejável.
Ainda assim, a Rocinha está cheia de oficinas e pequenas lojas, muitas delas existentes graças a empréstimos governamentais.
Embora os grupos industriais gigantes do Brasil, como a fabricante de aviões Embraer e a mineradora Vale atraem investidores e manchetes, o futuro também tem raiz em negócios como a loja de costura do Alan Roberto Lima.

A loja, no segundo andar de sua casa em uma vizinhança de um bairro da periferia do Rio, tem apenas meia dúzia de máquinas. Mas Lima, 34, descobriu em alguns anos descobriu que as lojas e boutiques chiques do Rio poderiam vender as saias e blusas que ele produz.
Agora ele já fala em lançar sua própria linha de roupas e, se ela for um sucesso, em abrir uma loja.

"De preferência", acrescentou, "perto da praia".

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Petrobras investirá mais de 174 bi


O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, informou ontem que o plano de investimentos da estatal para o período 2010-2014 deve superar os US$ 174,4 bilhões do plano 2009-2013, confirmando o que disse na terça-feira, em entrevista à Agência Estado. "Provavelmente, aumentará. Por enquanto, não tenho a menor condição de dizer", disse. Ele estima que o novo plano de investimento seja divulgado no primeiro trimestre de 2010.
De acordo com o executivo, projetos de todas as áreas de atuação da companhia estão sendo revisados neste momento. "Estamos avaliando. São mais de 25 projetos acima de US$ 500 milhões e 3 mil e tantos projetos abaixo de US$ 500 milhões. Então, são quase 4 mil projetos e esse processo envolve centenas de pessoas."
Gabrielli também renovou a sua expectativa de que os projetos de lei que tramitam no Congresso sobre o novo marco regulatório do setor sejam aprovados até o fim deste ano na Câmara e no primeiro trimestre de 2010 no Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O colunista Maurício Dias, da Carta Capital, escreveu um artigo muito interessante e que faço questão de reproduzí-lo na integra para todos apreciarem. Vamos lá!



Irresponsabilidade tucana

09/10/2009 12:18:12

Como já era esperado, o senador tucano Tasso Jereissati apresentou um relatório contrário à entrada da Venezuela no Mercosul, proposta em um Contrato de Adesão que tramita no Congresso desde julho de 2006.
Na reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado, no dia 1º de outubro, quando Jereissati leu o parecer que fez, não apanhou ninguém de surpresa. Era uma carta já marcada. O relator, por exemplo, ausentou-se das sessões em que os depoentes apresentaram argumentos e informações divergentes dos palpites dele sobre a questão.
O que representam o relatório e o comportamento de Jereissati?
“Um ato hostil a um país com quem o Brasil tem aprofundado laços não apenas econômicos, mas também culturais e científicos. Lamentavelmente, o parecer não é apenas diplomaticamente equivocado. É também irresponsável”, responde o professor Fabiano Santos, coordenador do Núcleo de Estudos Sobre o Congresso (Necon/Iuperj), que faz acompanhamentos das comissões do Parlamento que tratam de temas relevantes para a inserção internacional do Brasil.

O "tenho jatinho porque posso" de costas para o interesse nacional

Segundo Fabiano Santos os dados do comércio entre Brasil e Venezuela nos últimos nove anos (gráfico) mostram “o tamanho da irresponsabilidade do relator”.
A aproximação comercial com a Venezuela é francamente favorável ao Brasil. Nos últimos dez anos, as exportações para a Venezuela aumentaram 858%, passando de 536,7 milhões de dólares, em 1999, para 4,6 bilhões de dólares em 2008. No ano passado, o Brasil teve um superávit comercial com os EUA de 1,8 bilhão de dólares. Com a crise, a Venezuela passou a representar 29% de todo o saldo da balança comercial brasileira. Dos 3 bilhões de dólares do saldo da balança, neste ano, 878 milhões de dólares vieram de negócios com os venezuelanos.
“A irresponsabilidade da rejeição do Protocolo de Adesão é ainda maior no campo político. O relatório de Jereissati, que evidencia uma forte preocupação com a fragilidade da democracia naquele país, sugere, como terapia, o isolamento político, negligenciando o potencial de contenção institucional que a inclusão ao Mercosul poderia ter, em um contexto em que tanto Chávez quanto a oposição se veem enredados em estratégias de radicalização política”, explica o coordenador do Necon.
Esse ponto provocou a indignação do senador Pedro Simon, durante acalorado debate com Jereissati. Em um momento de retorno aos seus melhores desempenhos na tribuna, Simon lembrou que “com a Venezuela dentro do Mercosul” haveria condição, na avaliação dele, “de garantir a democracia naquele país”.
Simon acredita que a posição do tucano Jereissati “favorece interesses contrários à integração continental, principalmente os norte-americanos”.
Mas não seria essa a motivação do senador Jereissati?