quarta-feira, 9 de abril de 2008




Apóstolo do amor
Por ter se transformado numa referência universal de pessoas dotadas da boa vontade de construir um mundo melhor, seu nome foi escolhido para a instituição de uma comenda no Estado de Minas Gerais, destinada a homenagear pessoas físicas e jurídicas que tenham se destacado na promoção da paz. Dentre vários itens, a contribuição ao desenvolvimento espiritual da Humanidade. Sua última existência aqui na Terra é exemplo de amor incondicional.
Em 2 de abril de 1910, reencarna na cidade de Pedro Leopoldo (MG), Francisco Cândido Xavier. De família muito pobre, Chico foi obrigado desde menino a trabalhar para que em casa não faltasse o mínimo necessário. Dedicava-se ao rigoroso serviço de aprendiz numa tecelagem, onde seu pai o colocara aos nove anos de idade. Acordava às 6 horas da manhã; até as 11 assistia aula em um grupo escolar, para em seguida trabalhar até as 2 da manhã na fábrica de tecidos. Num regime desses, sua instrução não foi além do primário.
Chico não teve vida fácil. Sofreu na orfandade, perseguições duras na infância, solidão, amargura. Mas trazia um patrimônio incalculável de bênçãos, especialmente na área da mediunidade. Através dela, os Espíritos, mensageiros da luz, inspiram-no, instruíram-no e ampararam-no durante todo o tempo.
Através do seu trabalho desprendido, milhares de corações aflitos foram consolados. Filas de peregrinos vindos de todas as partes do Brasil se formavam diariamente. A todos atendia com paciência e sem mostrar cansaço, até altas horas da madrugada. Dormia um pouco e logo cedinho estava de pé para recomeçar a rotina do dia. Aos sábados, peregrinava pelos bairros pobres de Uberaba, para levar conforto e carinho aos lares mais carentes. Era determinado em servir ao próximo. Sempre dizia que todos conseguiriam libertar-se dos complexos de culpa, se houvesse disposição sincera de romper a concha do próprio egoísmo para servir aos outros, especialmente os que passam por problemas maiores que os nossos.
Através da mediunidade de Chico Xavier, quatrocentos e doze obras foram psicografadas, trazendo poesias, assuntos religiosos, filosóficos e científicos. Nunca recebeu um centavo sequer. Todos os direitos autorais foram cedidos para organizações assistenciais.
Durante anos, Chico sofreu silenciosamente. Com um corpo frágil e debilitado, apresentou diversos problemas de saúde ao longo da vida. Resistiu bravamente até os seus últimos dias, com uma inigualável abnegação em favor do próximo. Desejava partir para o além num dia em que os brasileiros estivessem todos felizes. E assim se deu. No meio do noticiário alegre da conquista pelo Brasil de mais um título de campeão mundial de futebol, foi anunciado seu falecimento. Conforme narra o Espírito Joanna de Ângelis através da mediunidade de Divaldo Franco, "...ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com Sua bondade, asseverando-lhe: - Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus".

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