quinta-feira, 30 de julho de 2009

Especialistas afirmam que vírus H1N1 fará vítimas no RN


Fotos: Gabriela Duarte

“Essa doença não tem fronteiras", afirma Kleber Nunes.
O vírus H1N1 está se disseminando cada dia mais rápido pelo mundo, atingindo milhares de pessoas e vitimando algumas delas. No Rio Grande do Norte, o vírus ainda não fez nenhuma vítima fatal, mas segundo declarações do infectologista Kleber Nunes e a coordenadora da secretaria de saúde, Juliana Araújo, em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM nesta quinta-feira (30), a letalidade no Estado é uma questão de tempo.

“Essa doença não tem fronteiras. Ela chegará no nosso bairro, na nossa rua, na escola e as pessoas não tem defesa sob esse vírus”, afirma Kleber Nunes.

A coordenadora do setor de epidemiologia, Juliana Araújo, destaca a mortalidade da doença no futuro. “Vai chegar um ponto que vamos ter vitimas fatais aqui no Estado”, frisa.

A pandemia do vírus já está presente em vários países do mundo e é caracterizado pela combinação de três vírus: o suíno, o das aves e dos humanos que se combinaram, gerando um novo vírus nos porcos.
A diferença da gripe do frango é a transmissão interpessoal. “A diferença da gripe suína é que a transmissão pode ser feita de homem pra homem”, responde o infectologista.

Atualmente, a letalidade da doença atinge 1 a cada 300 pessoas. “Os grandes grupos populacionais tem taxa de 0,3% e 0,4% a cada pessoa. Os cientistas não tem absoluto conhecimento dos casos e como prevenir, mas as secretarias estão fazendo um trabalho para conter a entrada do vírus nos estados do Brasil”, aponta Juliana.
No Rio Grande do Norte, a coordenadora destaca o trabalho conjunto das secretarias. “A ação conjunta com as secretarias dos municípios do Estado, reunindo as regionais de saúde dos municípios para descentralizar o atendimento e definir se os pacientes são de risco ou não para encaminhar para os procedimentos corretos”, detalha a coordenadora.

Os atendimentos no Rio Grande do Norte são feitos Giselda Trigueiro, no Maria Alice e no Santa Catarina.
O infectologista Kleber Nunes destaca os sintomas da doença. “A doença tem sintomas súbitos, com febre elevada, dores no corpo – muscular e nas juntas -, dor de cabeça, sintomas respiratórios e manifestação no trato digestivo, como diarréia, náusea e vomito”, destaca.
“Se uma pessoa tem só tosse e espirro, pode ser outros tipos de resfriado, comum. A doença (H1N1) tem tratamento com drogas e pode ser combatida”, afirma o médico.

Juliana lembra que atualmente a taxa de cura é de 99,6% para os pacientes que fazem o tratamento com o medicamento Tamiflu.
Já o médico, explica os cuidados para não contrair a doença. “A gripe chega de toda maneira e não adianta fechar as escolas, tem que arejar as salas, abrir janelas e evitar lugares fechados”, conta.
Perguntada sobre qual o melhor procedimento para constatar a doença, Juliana Araújo informa. “As pessoas devem procurar as unidades de saúde e contar o que estão sentindo. Se forem passageiros, é importante que eles passem por uma triagem na Anvisa para explicar como aconteceu”, frisa.
O infectologista Kleber afirmou ainda que os pacientes com maiores riscos são as mulheres grávidas, os obesos e as crianças. “Porque toda doença infecciosa como gripe, meningite, grávidas tem um índice de mortalidade maior do que os demais”, declara o médico.
O monitoramento da doença pode ser feito pelo tira-dúvida da Secretaria Estadual de Saúde, no número 0800 281 2801.

Nenhum comentário:

Postar um comentário