sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Eles não querem o sucesso do Brasil


Eles não querem o sucesso do Brasil

A votação da CPMF no Senado revelou com toda clareza a mesquinhez do projeto político dos partidos que fazem a oposição ao governo. Sem proposta positivas para o país, sem discurso diante do sucesso da administração federal, PSDB e DEM apostam todas as fichas no quanto pior, melhor.
Senão, vejamos: O país vai bem, está crescendo como nunca antes, as políticas sociais vão dando seus resultados de forma muito positiva, o Plano de Desenvolvimento da Educação avança em todo o Brasil, as reservas e o superávit comercial batem recordes, mesmo com o real valorizado, as taxas de juros descendentes, a inflação sob controle. Bem, o governo, então, está bem avaliado, assim como a aprovação do presidente Lula.
As perspectivas são de mais crescimento, e de forma sustentada. A relação dívida/PIB vai chegando num patamar que coloca o Brasil entre os países mais cobiçados para investimento internacional. As obras do PAC começam a deslanchar e a oferta de empregos está em alta.
A superação do atraso e da pobreza só será possível se continuarmos aprofundando a recuperação do papel do Estado brasileiro e o fortalecimento de nossa economia com distribuição de renda e fortes investimentos em Educação e Saúde – entendendo aqui também toda a política urbana – saneamento, moradia, transporte. É inevitável dizer que o desenvolvimento só será sustentável se combinado com pesados controles ambientais, que vêm sendo perseguidos pelo governo federal.
A oposição, através de sua minoria, ao derrotar a prorrogação do imposto do cheque, aposta no caos, ao mesmo tempo em que busca forçar o governo a implementar a pauta deles – redução do papel do Estado e mais liberalidade e lucros para os ricos. O governo perde uma receita importantíssima para a área da saúde e da Previdência. As grandes empresas e os milionários não pagarão mais o imposto. Além disso, o sistema financeiro sai extremamente beneficiado, de olho no dinheiro da CPMF, que agora ficará com eles também, facilitando a sonegação dos grandes.
O governo terá de tomar medidas para recompor seu Orçamento. A oposição minoritária quer, no fundo, depois de atender os reclames dos ricos, forçar o governo a implementar a agenda derrotada nas eleições de 2006: controle dos gastos com políticas sociais, com o salário dos servidores, cortar direitos dos trabalhadores na Previdência.
Eles sabem que, sem os R$ 40 bi, o governo terá de se ajustar para manter credibilidade internacional em alta, para continuar baixando as taxas de juros e melhorando o perfil da dívida pública.
Esta oposição hipócrita e mesquinha deverá ter o troco do nosso governo. Lula precisa tomar novas medidas, sim. Mas aprofundando o rumo em curso: Diminuir o superávit primário, redistribuir os recursos que vão para o sistema S, radicalizar fortemente no combate à sonegação fiscal e cobrar com mais vigor dos devedores ricos que devem ao estado brasileiro. O governo precisará realinhar os repasses aos Estados e municípios, estabelecendo novas contrapartidas. Precisará também tomar medidas mais duras em relação aos lucros do sistema financeiro, que engordam em prejuízo à sociedade.
A oposição minoritária que criou a CPMF e elevou sua alíquota em passado recente, tenta uma cartada para emparedar o governo, criando-lhe dificuldades extras. Não querem o sucesso do Brasil, querem que o país piore, regrida, para tentar ganhar as próximas eleições. Eles são assim: quando governaram foram péssimos, e agora estão com inveja, desesperados, sem argumentos para fazer o bom combate. É verdade que parte dos que se dizem aliados poderia ter dado a vitória ao governo. Mas estes são de longe conhecidos: tucanos-pefelê incomodados por interesses locais, que fazem média com o governo na busca de benesses e poder. Dessa vez, as benesses dos ricos devem ter sido mais altas do que poderiam tirar do governo. Essa é a verdade dos fatos.
Governadores que têm toda a atenção do governo federal – aliás, atenção que não tiveram quando os mesmos governaram o Brasil – foram incapazes de garantir apoio aos seus interesses estaduais de senadores eleitos praticamente por eles, como é o caso de Eliseu Rezende de Minas Gerais. Muito estranha essa fraqueza dos governadores. Cássio Cunha Lima, que elegeu Cícero Lucena - envolvido na operação Confraria da PF – também não conseguiu o apoio dele à Paraíba em momento tão difícil para o próprio.
São apenas ilustrações das estranhezas da votação. O certo é que PSDB e PFL apostaram no quanto pior melhor, desprezando os interesses do povo e de seus governadores, prefeitos e secretários.
Mas o governo Lula vai dar a volta por cima sem abrir mão do nosso Programa de mudanças que está fazendo o Brasil se desenvolver com mais justiça social.
Mais do que nunca precisamos de uma Constituinte Exclusiva para fazer a reforma política profunda que mude o perfil e o papel do Senado. O Brasil precisa trocar boa parte de sua elite política, que se mostra descolada dos interesses do povo e do país. O que ocorreu no Senado ontem é a prova disso.


Gleber Naime é secretário Nacional de Comunicação do PT

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