quinta-feira, 29 de maio de 2008

Agricultores do RN fazem passeata cobrando o governo
Cerca de 1.500 agricultores familiares vindos de 42 municípios do Rio Grande do Norte fizeram uma passeata nesta quarta para cobrar do governo do Estado o cumprimento de acordos já firmados na área de habitação e reivindicar novas ações. A manifestação foi parte da IV Jornada de Luta da Agricultura Familiar Potiguar.
Os manifestantes saíram às 9h da Rua Piancó, em Cidade da Esperança, e seguiram em direção à Governadoria com faixas, bandeiras e dois carros de som, ocupando toda a via da Avenida Capitão-Mor Gouveia. O trânsito no local foi organizado por dois batedores da Secretaria de Transporte e Trânsito Urbano (STTU) e por quatro viaturas do Comando da Polícia Rodoviária Estadual (CPRE).
A governadora Wilma de Faria e secretários receberam uma comissão formada por 10 representantes da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte (Fetraf-RN) e da Cooperativa de Habitação para Agricultores Familiares (Cooperhaf-RN).
Na pauta de discussões, os representantes apresentaram 31 pontos de reivindicação, para as áreas de reforma agrária, assistência técnica, habitação, saúde, educação, apoio á produção e comercialização além de questões relacionadas às enchentes. ``Hoje estamos percebendo que somos agricultores, mas também somos gente e queremos viver com dignidade'', disse a coordenadora de mulheres da Fetraf-RN, Maria Cícera Franco.
``Nossa principal reivindicação é o cumprimento por parte do governo estadual do convênio com a Cooperhaf-RN para construção de casas populares que foi firmado em 2007'', informou a secretária da Cooperhaf-RN, Yara Rocha. ``Também queremos que a governadora assine o termo de compromisso para construção de mais casas em 2008'', completou.
No total, 198 famílias deveriam ser beneficiadas pelo convênio firmado com governos Federal e Estadual em 2007. O programa prevê a construção de casas em 19 municípios do Estado, nas regiões do Trairi, Potengi, Alto Oeste, Mato Grande e região canavieira. Cada casa terá 45 metros quadrados e oito compartimentos, incluindo pomar e jardim. De acordo com o convênio, para cada casa o governo federal deveria entrar com a quantia de R$ 5.000, e o governo estadual com R$ 2.500. Mas por enquanto, apenas o governo federal liberou os recursos.
Das 198 casas, 80 já começaram a ser construídas e apenas 20 tiveram as obras concluídas. Para terminar o restante das obras, os agricultores familiares estão aguardando os recursos do governo do estado.
Na pauta de reivindicações, também está o cumprimento do convênio para 2008, que já foi firmado junto ao governo federal. Este ano, mais 516 casas devem ser construídas em 32 municípios. A Fetran também já começou as negociações para firmar o mesmo convênio nos próximos anos, até 2010.
Fonte: DN/ONLINE

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