sexta-feira, 10 de setembro de 2010

UNIBAM-RN FOI CRIADA NO DIA 28 DE AGOSTO EM CRUZETA

Dentro da programação do II Seminário de Capacitação para regentes e gestores do projeto Bandas Filarmônicas Solidárias, realizado na cidade  de Cruzeta, no dia 28 de agosto último, foi criada a UNIBAM-RN  (União das Bandas de Música do RN). Estavam presentes, maestros, gestores de Associações e beneficiários do Projeto. Para o cargo de Presidente da entidade foi escolhido o nome do Maestro Luís Dantas da cidade de Monte Alegre, para Vice-Pesidente, o respeitado Maestro Humberto  carlos Dantas (Maestro Bembém) foi escolhido para o cargo.  A sede provisória da nova entidade é a cidade de Cruzeta - RN com escritório de apoio em Natal e sub-sedes regionais nas micro-regiões: Seridó; Médio -Oeste; Alto-Oeste; Trairi/Potengi; Mossoró/Assu/Central; Litoral Norte e Litoral Sul. A UNIBAM-RN se torna a partir de agora a entidade máxima e representativa em nível estadual das bandas de música Potiguares. 

Maestro e Gestor da Banda Filarmônica da Juventude Solidária de Severiano Melo fazem parte da diretoria da UNIBAM-RN

O Gestor da Associação Severianense Recreativa de Desporto e Cultura, João do PT e o Maestro Aglailson França estão no quadro de diretores da UNIBAM-RN.
João do PT é Diretor de divulgação, enquanto Aglailson França é Diretor de Eventos da entidade.
Para o gestor da Aserdec, esta instituição trás novas perspectivas para o movimento de bandas , e consequentemente, para  a música no Estado, visto que, agora pode-se buscar políticas públicas voltadas para a arte musical, que como sabemos, é uma necessidade premente, especialmente para a juventude. "Entendemos que a educação musical é extremamente eficaz para a reinserção da moral e ética da sociedade", comenta João do PT.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lula deve vir ao RN na próxima quarta-feira

Presidente deverá cumprir agenda em Guamaré
“É bom que fique bem claro que a vinda de Lula ao Estado ainda não está confirmada. A informação passada pelo gabinete do Ministro Padilha é que há uma previsão da vinda de Lula ao RN no dia 15 de setembro”.

A explicação é da deputada e coordenadora da campanha de Dilma Rousseff(PT) no RN, Fátima Bezerra, sobre a ligação que recebeu do gabinete do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informando que existe uma previsão do presidente Lula vir ao Estado na próxima quarta-feira(15).

A agenda do presidente no RN seria admistrativa, com visita à Refinaria Clara Camarāo, em Guamaré, às 14h30. Mas não está afastada a participação de Lula em atividade política.

 Severiano Melo perde mais um ex-vereador 


Faleceu ontem na Cidade de Riachuelo RN o ex-vereador da Cidade de Severiano Melo, Fernando Aribaldo Basílio. Fernando da Emater, como era conhecido lutava ha tempos contra doença grave que lhe custou a vida.
Fernando da Emater tinha 62 anos e era pssuidor de uma biografia honrosa no que se refere as questões políticas. Serviu ao município de Severiano Melo como Vereador, onde deixou muitos feitos importantes além de muitos amigos.
Funcionário público estadual, desenvolveu a função de extensinista rural na Emater em vários muicípios do Estado, inclusive severiano Melo.
Para o agricultor familiar Chico Manoel, Fernando foi muito mais que um amigo. "Fernando da Emater foi um grande homem, um homem de coração bom. O povo de Severiano Melo sente munta falta de Fernando, porque ele ajudava munto as pessoas desse lugar", comenta seu chico manoel emocionado.
O filho primogênito, João basílio - Joca - continua a sua carreira como político, visto que o mesmo é Vereador em riachuelo,cidade onde fernando viveu seus últimos dias de vida.
O sepultamento será às 16 horas de hoje na Cidade de Riachuelo.
Nosso Blog, sensibilizado com esta perca, deseja aos familiares e amigos, muito conforto e fé em Deus. E a Fernando da Emater, desejamos que seja encaminhado pela espiritualidade para os bons caminhos do Senhor. 

Dr. Zé Júlio inicia série de encontros de bairros com moradores de Mossoró 
O futuro Deputado estadual Dr. Zé Júlio, candidato pelo PT, deu início nesta segunda-feira, 6 de setembro, a uma série de 16 encontros de bairros em Mossoró, levando sua mensagem de renovação aos quatro cantos da cidade.
A primeira das mobilizações foi realizada com os moradores do Conjunto Vingt Rosado, Pintos (Costa e Silva) e Alto da Pelonha, às 18h, na casa de Alexandrina Lopes (Baixinha), residente à Rua Joanício Soares, 104, Alto da Pelonha.
Os moradores pararam para ouvir atentamente as palavras de Dr. Zé Júlio, que espera contar com o apoio expressivo dos mossoroenses, especialmente aqueles oriundos dos municípios do Médio e Alto Oeste, que conhecem o trabalho desenvolvido pelo candidato quando Prefeito de Antonio Martins (por dois mandatos), que o credenciou a ocupar uma vaga na Assembleia Legislativa do RN.
Nesta terça-feira, 7 de setembro, haverá um novo encontro às 20h, com os moradores do Santo Antonio e Bom Jardim, na residência de Dimas Mesquita, na Rua Melo Franco, 1201, Bom Jardim, ao lado da Rede Mais Auto Escola, no cruzamento com a Rua Delfim Moreira, próximo ao Ferro de Engomar.
Na quarta-feira, 8 de setembro, serão duas reuniões, sendo que a primeira ocorrerá com os moradores dos bairros Boa Vista e 12 Anos, às 18h, na de Érica Amaral (do Hiper Queiroz, filha de Oliveira de Lucrécia), na rua Benjamin Constant, 1144, Boa Vista, próximo ao Supermercado Morais e da Pracinha da Lago do Mato. O segundo encontro será com os residentes dos bairros Alto da Conceição e Pereiros, a partir das 20h, na casa de de Gilvanete (de Zé Pedro), na Rua Coronel Gurgel, 1112, no Alto da Conceição, por trás da Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Os próximos encontros serão dias 13, 14 e 15 e 20, 21 e 22 de setembro.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

VEJA A BIOGRAFIA POLÍTICA DE ZÉ JULIO, MEU DEPUTADO ESTADUAL 13333

Movido pelo espírito de justiça, igualdade social e com grande apoio popular, lancei-me candidato a Prefeito de Antônio Martins, tendo sido eleito no ano de 2000, contrariando os interesses dos políticos da época, porém, atendendo as expectativas e os sonhos de um povo que clamava nas ruas e no campo por melhores condições de vida.

                Antes, o município era marcado pela pobreza e a exclusão social. A população não tinha acesso a lazer, moradia digna, saneamento, infraestrutura e ações de cidadania. Obstinado e motivado, consegui, juntamente com minha equipe, firmar as parcerias indispensáveis para implementar as ações que transformaram a dura realidade de um povo, que no passado vivia em situação de extrema necessidade. As mudanças vieram com as políticas públicas implantadas que promoveram a inclusão nas áreas de Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Meio Ambiente, Agricultura, Infraestrutura Básica, Juventude e Geração de Emprego e Renda, elevando os índices de desenvolvimento local e melhorando a qualidade de vida e a autoestima da população. Com s ações, o município virou referência turística na região.

                Com o conjunto de melhorias alcançadas, a gestão teve o reconhecimento de nossa população e da Caixa Econômica Federal, que elegeu Antônio Martins o único município do RN e um dos 20 do país a receber o prêmio “Caixa Melhores Práticas em Gestão Local”, entregue pelas mãos do presidente Lula e, ainda, o credenciou a disputar o prêmio internacional em Dubai, nos Emirados Árabes, que escolherá ainda este ano as 12 melhores gestões públicas do mundo.

sábado, 4 de setembro de 2010

Eu voto e peço o voto para JOSÉ JULIO!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Depois de muito tempo volto a postar matérias no meu Blog.
Peço desculpas pela ausência.

João do PT




FETRAF-RN realizou III Feira e Congresso da Agricultura Familiar com sucesso.

A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do RN (FETRAF) realizou, nos dias 20 a 22, a III Feira e seu Congresso Sindical da Agricultura Familiar Potiguar. O evento aconteceu em São Paulo do Potengi, teve como objetivo de promover cidadania e inclusão social dos agricultores, além de estimular a discussão sobre a situação do setor no Rio Grande do Norte.

A III feira foi uma das maiores já realizada no Estado do Rio Grande do Norte, que reuniu agricultores familiares de todas as regiões do estado, com produtos livres de agrotóxicos.

O congresso, por sua vez, ocorreu na Escola São Francisco, onde a Fetraf apresentou projetos bem-sucedidos de produção, organização e geração de renda realizada nos 50 municípios em que atua.

Durante os seis anos de existência da Fetraf, centenas de famílias foram beneficiadas com o trabalho da instituição, através de cursos e palestras que as ensinaram técnicas de cultivo sem o uso do agrotóxico. A partir dessas ações, os agricultores aprenderam como produzir, organizar e comercializar seus produtos, o que melhorou a renda familiar e gerou um círculo virtuoso de agricultura sustentável.
O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e a coordenadora nacional da Fetraf Brasil, Elisangela dos Santos esteveram no município, onde participaram da abertura da III Feira e Congresso Sindical da Agricultura Familiar Potiguar.

Pôla Pinto é eleito para coordenação Estadual de Formação Sindical e Profissional da FETRAF/RN.
Essa é a primeira vez que Messias Targino tem um representante na direção estadual da Fetraf/RN
Durante a realização da III Feira e Congresso Sindical da Agricultura Familiar Potiguar da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do RN (FETRAF) foi eleita a nova diretoria para um mandato de quatros anos. O atual coordenador geral da Fetraf/RN, João Cabral foi reeleito para a coordenação.
Nova direção da Fetraf/RN, foi eleita em congresso
A nova direção teve a maioria de suas coordenações estaduais renovados para a nova gestão. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Messias Targino, Pôla Pinto foi eleito para coordenação estadual de Formação Sindical e Profissional da FETRAF/RN. “Fiquei muito feliz pela nossa escolha”, disse Pôla Pinto. “É o reconhecimento do trabalho que estamos ajudando a construir não só em Messias Targino, mas em toda região oeste”, enfatizou o sindicalista.
Ainda da região do médio oeste foram eleitos para a nova direção da fetraf/RN, Hildebrando Rocha do Sinfraf de Campo Grande que vai ficar a frente da coordenação estadual de Políticas Agrícola e Agrária, Francisco Junior do Sintraf de Apodi na 1º suplência da direção e Duquinha do Sintraf de Felipe Guerra membro efetivo do conselho fiscal da federação.
Delegados da Fetraf/RN do médio oeste foram destaques em congresso

Hildebrando do Sinfraf de Campo Grande


João do PT de Severiano Melo e coordenadora da Fetraf Brasil, Elisangela
Os mais de 40 delegados da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Rio Grande Norte (FETRAF-RN) da região do Médio Oeste dos municípios, de Severiano Melo, Apodi, Janduís Messias Targino, Campo Grande, Upanema, Patu e Felipe Guerra tiveram uma participação de destaque durante o congresso da Fetraf/RN.
Dário de Patu e Raimundo

Raimundo de Janduís
Além de apresentarem as principais experiências da região, os dirigentes fizeram várias intervenções nos debates do congresso. João do PT do Sinftraf Oeste destacou a participação dos delegados da região no evento.



Oficinas sobre as experiências da agricultura familiar sustentável foi um dos destaques do congresso.
A III Feira e Congresso Sindical da Agricultura Familiar Potiguar realizada pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do RN (FETRAF), no final de semana, em São Paulo do Potengi, foi bem diferente dos congressos tradicionais.
A realização da feira, por se só já mostrou a forma nova que a Fetraf/RN vem trabalhando na valorização da agricultura familiar, como o todo.
Mas, o que foi o principal destaque do congresso foi a realização de oficinas, onde foram discutido as experiências da agricultura familiar nas questões de Habitação Rural, Gênero e Geração, Educação no Campo, Agroecologia e Convivência com o Simi-árido, Organização Sindical no Campo e Sindicalismo Fetrafiano e participação política.
Essa é a primeira vez, que um congresso do movimento sindical rural trabalha com essa metodologia. Das 17 experiências apresentadas nas oficinas, 9 foram da região do médio oeste, o que mostra a consolidação das ações da Fetraf/RN, na região.

Pôla Pinto apresentou experiências legislativas em oficina sobre sindicalismo e participação política.
Pôla Pinto durante oficina
Na Oficina que trabalhou o tema, O Sindicalismo fetrafiano e a participação política, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Messias Targino, Pôla Pinto apresentou as experiências do movimento sindical em seu município e região de sua experiência legislativa, como vereador e presidente da Câmara de vereadores.
Vereador João Cabral
O vereador de São Paulo do Pontigi e coordenador estadual da Fetraf/RN, João Cabral, também fez exposição na oficina sobre sua atuação no parlamento.
Os trabalhos produzidos em cada oficina pelos dirigentes foram apresentados em plenário, onde foram bastante discutido pelos delegados de todas as regiões.


Debate sobre modelo de desenvolvimento do Brasil foi bastante participativo
Elisangela da Fetraf Brasil durante dedate
O debate sobre modelo de desenvolvimento do Brasil e modelo de agricultura, que teve como palestrante a coordenadora nacional da Fetraf Brasil, Elisangela dos Santos e os debatedores o cientista social da CPT/RN, Antonio Milton Junior, a engenheira agrônoma da ACCC, Ivi Aliana Dantas foi bastante participativo.Ivi Dantas
Júnior da CPT
A coordenadora nacional da Fetraf Brasil, Elisangela dos Santos fez uma ampla explanação do que vem sendo defendido e construído pela Fetraf, sobre modelo de desenvolvimento ideal para o Brasil. Ela também destacou vários aspectos do modelo de agricultura, que é ideal para agricultura familiar.
Já os debatedores, Antonio Junior e Ivi Dantas apresentaram seus pontos de vistas e observações quanto ao desenvolvimento do Brasil, e principalmente os desafios para a consolidação de um novo modelo para agricultura familiar.

Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, participou da III Feira e Congresso da Fetraf.
Várias autoridades estaduais participaram de solenidade da Fetraf/RN
Na sexta-feira (20), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, visitou as obras do Centro em companhia do prefeito de São Paulo do Potengi, José Azevedo e de dirigentes da Fetraf/RN. Para a construção do Centro, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) liberou cerca de R$ 800 mil, com contrapartida de cerca de R$ 80 mil da Prefeitura local. Cassel esteve no município para participar da abertura da III Feira e Congresso Sindical da Agricultura Familiar Potiguar.Ministro do MDA destacou fortalecimento da agricultura familiar

Em São Paulo do Potengi, Cassel também participou, junto com o diretor da Emater-RN, Henderson Magalhães, da entrega de dez patrulhas mecanizadas para prefeituras da região. Os equipamentos fazem parte do conjunto de 100 patrulhas destinadas ao Rio Grande do Norte por meio de um convênio entre o MDA e o Governo do Estado. O investimento chega a R$ 17 milhões, dos quais R$ 15,7 milhões foram liberados pelo MDA, com uma contrapartida de R$ 1,3 milhão do Estado.
Mais de 5 mil agriculotres participaram de solenidade da III feira
Pela manhã, em Natal, o ministro Guilherme Cassel anunciou a destinação de R$ 200 milhões para a agricultura familiar do Rio Grande do Norte. Os recursos previstos no Plano Safra 2010/2011 são destinados para operações de crédito e custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para as operações de custeio, a taxa de juros anual máxima é de 4,5% e para as de investimento, de 4%.
O ministro anunciou também o desconto no valor das prestações dos financiamentos dentro do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF) para as culturas de sisal e castanha de caju no estado. Decisão do Comitê Gestor do Programa estabelece que o agricultor potiguar que contratou financiamento para estas culturas terá descontos de 23,08% (sisal) e de 20% (castanha de caju).


Coordenadora Nacional da Fetraf Brasil, Elisangela
De acordo com o Censo Agropecuário/2006, do IBGE, o Rio Grande do Norte possui 71.210 estabelecimentos familiares, o que corresponde a 86% das propriedades agrícolas no Estado. A atividade ocupa 33% da área dos estabelecimentos e responde por 77% das pessoas ocupadas no meio rural. A agricultura familiar potiguar é responsável por 90% da produção de arroz no Estado, 86% da de feijão, 61% da de mandioca e 83% da produção de milho.
Pôla Pinto participou de reunião com Ministro do Desenvolvimento Agrário.
Pôla Pinto, dirigentes da Fetraf/RN e Ministro Guilherme do MDA
O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, antes de participar da abertura da III Feira e Congresso Sindical da Agricultura Familiar Potiguar, esteve reunido na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Paulo do Pontegi, com os dirigentes da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do RN (FETRAF), onde discutiu as ações do MDA no estado.

Desta reunião participaram os dirigentes da região do médio oeste, Pôla Pinto, Raimundo Canuto de Brito e Hildebrando Rocha. O sindicalista Raimundo que é presidente da Credioeste-Sol, que trabalha crédito para os agricultores familiares, reivindicou ao ministro Cassel, apoio para a cooperativa.

Pôla Pinto foi convidado pela direção da Fetraf/RN a representar a região do médio oeste na solenidade de abertura da III feira.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Com acesso ao microcrédito, pequeno produtor melhora e amplia seu negócio
A direita adora criticar o Bolsa Família dizendo que o programa não aponta portas de saída a seus beneficiários. Mas também não gosta de ouvir falar de crédito para os mais pobres, operação que não compensa financeiramente. Ou seja, está sempre de costas para o povo.
Durante a crise financeira, os bancos aqui instalados protestaram contra as instituições financeiras públicas porque facilitavam a concessão de crédito. Diziam que as operações não se sustentavam o que se revelou uma falácia. Não só os bancos públicos elevaram seus lucros, como a população, com acesso ao crédito, foi o maior antídoto contra a crise no Brasil.
O presidente Lula, que bancou a ação dos bancos públicos, revelando uma vez mais a importância do papel do Estado e de ter instituições sólidas, sem esse papo de entregar tudo ao mercado, como tentaram fazer os tucanos, comemorou hoje um número importante: o volume de R$ 1,3 bilhão que o Banco do Nordeste do Brasil emprestou para um milhão de pequenos agricultores em cinco anos.
São essas atitudes que transformam o país. Para manter o crédito aos pobres, o Banco do Nordeste se financia no BNDES. E o programa é tão bom que o BNB tem pedidos para mais R$ 10 bilhões.
Como diz Lula, quando o pobre pede empréstimo, ele dá a sua cara, que é seu maior patrimônio. E faz de tudo para pagar. O índice de inadimplência no BNB está em apenas 3%.

A cara de pau do Serra


Reproduzo aí a capa da edição de ontem da Folha de S. Paulo.

E, a seguir, trechos da matéria do Correio Braziliense:
Os jovens eram maioria entre o público, que se empolgava com o som dos tambores e uma banda de forró. As meninas estilizaram a camiseta azul do partido, assim como é feito com os abadás no carnaval. Muitas deixaram a barriga à mostra. Cerca de 100 jovens de Minas foram contratados para acompanhar o governador Antônio Anastasia e o candidato ao Senado, Aécio Neves. Recebem R$ 700 por mês. A turma do Ceará, de Alagoas, de Sergipe e de Pernambuco não era diferente. O que variava era o “salário”. Alguns receberiam entre R$ 30 e R$ 120. Outros, apenas o lanche e uma camiseta. E tinha ainda quem contasse com uma ‘forcinha” de algum político para encontrar emprego.”
Mais:
“O discurso do candidato não foi voltado para as mais de cinco mil pessoas que se digladiavam pelo lanche do partido — uma maçã e um pão francês. Foi construído para mostrar o que o PSDB considera desrespeito do governo Lula aos poderes constituídos e à democracia.”
Tudo isso era do conhecimento da reportagem da Folha, que inclusive registrou, no meio de uma matéria perdida, que os “militantes” do DEM baiano estariam recebendo R$ 35 reais para estarem ali. Infelizmente, a matéria da edição impressa, exclusiva de assinantes, não foi disponibilizada online, mas a reproduzo aí ao lado.
Ainda assim, o jornal mancheteia a acusação de Serra, sem um elemento de prova, mas ignora o que foi apurado e escrito por seu próprio repórter.
O problema é que o Ministério Público está muito ocupado com dezenas de representações contra Lula e Dilma, que não pôde sequer examinar o caso do programa do DEM, em rede de televisão, nem o do PPS. O que dirá, então, para ler o Correio Braziliense, que, afinal, circula lá em Brasília, onde fica sua sede.
Hoje, o ministro Joelson Dias, do TSE, negou outro pedido do DEM, referendado pelo Ministério Público Eleitoral, de multa a Lula, por participação no 1° de Maio.
Quem sabe o MPE, agora, arranja um tempinho para olhar a coleção de ilegalidades do Serra?

Concordo com Brizola Neto. Precisamos ajudar a moralizar esta eleição!
Eu apoio esta campanha!

Chegou a hora desta gente blogada mostrar seu valor

Eu não posso assumir a função de advogado, não posso assumir a função de dirigente da campanha da Dilma, não posso oferecer mais que minhas poucas horas de direito ao descanso e ao convívio com minha família, sustentando o combate aqui nesta fronteira cibernética. Mas onde houver chance de lutar, vou lutar, com as armas da democracia, do esclarecimento e da mobilização.
Aí do lado está o selo criado para marcar nossa adesão a uma campanha eleitoral que se decida com o voto popular, não na mídia, nos escritórios de advocacia, nos gabinetes de marqueteiros, de políticos e, sobretudo, não no Judiciário.
Já coloquei no cabeçallho do Tijolaco.com. Sugiro que todos os blogueiros comprometidos com a causa da democracia, independentemente de partidos, façam o mesmo. E que reproduzam, como puderem, no Orkut, no Facebook, no Twitter, nos “templates” de e-mail, avatares, enfim, onde der e puder.
É preciso que vejam que, por toda a parte, existem brasileiros que dizem: eleição se ganha é no voto!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Carta Capital: Dilma solta o verbo

A pré-candidata do PT fala sobre continuidade, drogas, o papel do Estado, reforma agrária e, por que não?, seu novo visual
POR CYNARA MENEZES E SÉRGIO LÍRIO, EM CARTA CAPITAL DE 6 DE JUNHO DE 2010
Um enorme painel da candidata ao lado de seu mentor, o presidente Lula, punhos cerrados no ar, emoldura o cenário da entrevista. Dilma Rousseff posta-se bem à frente da própria imagem. Desconfortável no início com perguntas pessoais, ela se solta aos poucos, enquanto defende as realizações do atual governo e explica o que pretende fazer se eleita. Basicamente, aprofundar o processo de inclusão social que, afirma, não se esgota em um ou dois mandatos.
Talvez por isso, ao se referir a uma eventual gestão sua, prefira a palavra "pe¬ríodo". No centro desse "período", promete, estará o compromisso de levar o País ao clube das nações desenvolvidas, com a erradicação da miséria, o foco na educação e na cultura. "Minha meta é levar nossa população à classe média, no mínimo."
Dilma não é Lula. E uma discípula, uma aluna. Mas uma aluna aplicada, vê-se. Como nunca disputou eleição, a ex-ministra da Casa Civil replica o "mestre" ao usar o recurso de contar historinhas nas respostas por vezes pouco concisas. Também se percebe na candidata o cuidado de evitar certas polêmicas durante a campanha, o que não inclui fugir às perguntas sobre seu envolvimento na luta armada durante a ditadura. "Tenho muito orgulho de ter resistido do primeiro ao último dia."
Alvo de seguidas denúncias, nunca comprovadas, desde que Lula anunciou ser ela a sua candidata ao governo, afirma não acreditar que a imprensa brasileira seguirá o exemplo da venezuelana e se tornar cada vez mais hostil diante da possibilidade crescente de permanência do PT no poder. Por ser contraproducente. "De que adianta? Mais do que somos criticados, e daí?" Na entrevista, a pré-candidata disse ser contra a descriminalização das drogas, defendeu a reconstrução do Estado e repeliu os estereótipos. "Nunca me senti uma pessoa infeliz. Não sou carente, sou alegre."
CartaCapital: Neste ano, o Brasil pode escolher a primeira mulher presidente. Faz diferença?Dilma Rousseff: Faz toda a diferença, porque tem uma história de poucos direitos para as mulheres. Até o direito de voto para as mulheres é muito recente no Brasil, menos de cem anos. E ainda têm grandes desigualdades, que vão desde - apesar de as mulheres terem maior nível de escolaridade - ganhar dois terços do salário dos homens até o fato de existir violência familiar contra a mulher. Outro dia aproximou-se de mim um casal jovem, o rapaz carregava um menino de uns 3 anos, e a mulher, uma moça loira, vinha com uma menina, de vestido com¬prido, bonitinha, cabelo encaracolado. Chamava Vitória. E a mãe falou assim: "Eu trouxe a Vitória para que você diga a ela que as mulheres podem, que mulher pode". Eu olhei pra Vitória e perguntei: 'mulher pode o quê?' E ela: "ser presidente". Eu disse: 'Vitória, mulher pode ser presidente. Porque isso faz parte do sonho que toda criança tem: quero ser pirata, toureiro. Mas também pode querer ser presidente e mulher nunca quis. Uma menina que quer é sinal dos tempos. E ela se chama Vitória, achei simbólico'.
CC: Mas existe um modo feminino de governar?DR: Tem um modo feminino inegável na vida privada. Nós cuidamos, providenciamos e incentivamos. E interessante levar isso para a vida pública. Vou contar outra historinha. Foi uma senhora, de seus 50 anos, a um sindicato, muito incomodada com a oposição homem e mulher. E ela sintetizou o problema da seguinte forma: "Somos 52% da população, mas os outros 48% são nossos filhos. De maneira que, se formos presidentes, fica tudo em casa. Ou seja, damos conta de cuidar das mulheres e dos homens, até porque a nossa relação com os homens não é de oposição. O olhar feminino não é excludente".
CC: Já foi, nos primórdios do feminismo.DR: Talvez no começo, porque, sempre que se afirma alguma coisa, torna a diferença muito forte. A mulher, para ter consciência de que era discriminada, teve de fazer esse movimento. Mas não acredito que, hoje, esse seja um processo que crie diferenciação, desigualdade. Nenhuma política feminina é uma política anti-homem.
CC: Curiosamente, a senhora tem avançado menos no eleitorado feminino. Por que acha que isso acontece?DR: Acho que tem razão o (cientista político) Marcos Coimbra. Ele fez uma avaliação correta: há o fato de a mulher não ter tanto acesso à informação quanto o homem. Muitas ainda não me conhecem. Quando se separa o universo das mulheres que me conhecem e as que conhecem o outro candidato, eu tenho mais aprovação do que ele.
CC: A senhora falou da menina que queria ser presidente, mas costuma dizer que este nunca foi um sonho seu. Agora que é candidata, acalenta algum projeto?DR: Caminhar para que este seja um país desenvolvido. Foi o que o presidente Lula construiu e que a gente pode fazer.
CC: Se formos resumir, a marca do governo Lula é a inclusão. Qual seria a marca de um governo Dilma?DR: Por que não pode ser a da inclusão também? Essa ânsia de novidade encobre uma questão seriíssima: este ainda é um país emergente, com um grau grande de desigualdade, e que pode, a partir de agora, porque acumulamos um conjunto de conquistas, trilhar o caminho do desenvolvimento. E isso não pode ser só com uma taxa de crescimento do PIB determinada, uma política de estabilidade macroeconômica. A minha meta é erradicar a miséria, levar nossa população, os mais pobres, à classe média, no mínimo. Isso é um projeto de desenvolvimento, mas eu também tenho um projeto de Nação. Este país não transitará para uma economia desenvolvida se não tivermos educação de qualidade, estando no centro da educação o professor, que tem de ter salário digno. Quem fala em educação de qualidade e não fala do professor está jogando pérolas aos porcos. Todo mundo diz que temos um bônus demográfico, que a nossa população em idade ativa é maior do que a população dependente, isto é, crianças, jovens e idosos. Outro dia fui brincar que o conceito de idoso estava mais flexível, porque tenho 62 anos e não sou idosa, e a imprensa toda deu que eu mexeria na idade da aposentadoria, que mudaria a previdência.
CC: E não será necessário, em algum momento?DR: Não tem reforma da Previdência. Se você começar a fazer reforma da Previdência, acontece o seguinte: a primeira que fizemos deu uma corrida para a aposentadoria. Acaba criando um efeito contrário ao que se pretende. Mas, voltando, também vamos discutir a nossa cultura, a política cultural ocupará um espaço cada vez maior nesse processo. Não podemos permitir que não existam salas de cinema na periferia do Brasil, que o povo não tenha acesso a bibliotecas, à sua própria cultura.
CC: Em suma, vai ampliar o que foi feito durante o governo Lula?DR: Não falo de só ampliar, não, falo de avançar. Se não avançar, não está continuando. O que o Lula construiu para o futuro? Um alicerce. Saímos de uma situação mais drástica, que foi a que nós recebemos do governo. Vamos relembrar bem: era uma situação de estagnação, desigualdade e desemprego. Podem falar o que quiser. Olhem estatísticas, meus filhos. E entramos numa era de prosperidade, que tem vários componentes: não é só inclusão, é mobilidade social, que significa que as pessoas podem subir na vida. É transformar as vantagens comparativas em competitivas, explorar as matrizes energéticas, o pré-sal, dar força à agricultura. Não somos aqueles países que têm petróleo e têm a maldição do petróleo, a pobreza no meio da abundância, o povo pobre e a riqueza do petróleo. Temos uma economia diversificada. Se a gente apostar na educação, vamos inovar também. Não se cria oportunidade no Brasil se não inovar. Se não formarmos engenheiros, físicos e matemáticos neste país, não vamos crescer adequadamente.
CC: A senhora promete erradicar a miséria em seu mandato. Mas o IPEA fala que erradicar a pobreza extrema só é possível em 2016.DR: Miserável é quem tem renda de até um quarto do salário mínimo. Pobre é até meio salário mínimo. Em 2003, tínhamos um total de 77,8 milhões de pobres e passamos para 53 milhões no governo do presidente Lula. O contingente de miseráveis em 2003 era de 37,4 milhões e passou para 19,6 milhões. (Vira- se para o braço direito, Anderson Domeles: - Anderson, dá o meu papel. Já fiz essa conta. Prefiro o meu papel.) Então, a gente tem de buscar eliminar esses 19,6 milhões de miseráveis, mas acho que também temos de olhar os 24 milhões de pobres. Só não digo que será no meu período, nem estou dizendo que será em 2014. Mas, se você não colocar a meta clara e tornar isso um ponto político da pauta, passa batido. Erradicar a miséria está no centro da pauta do projeto de continuidade com avanço do governo Lula.
CC: Mas qual vai ser o caminho? A ampliação dos programas sociais ou o crescimento?DR: As duas coisas. O aumento da renda em 70% se deve à formalização do trabalho. O fato de manter uma taxa de crescimento e torná-lo sistemático formaliza o trabalho. Mas quem ganha até um quarto de salário mínimo teve programas sociais de dois tipos: tem o de proteção da renda, que é o Bolsa Família, e tem programa social com uma certa perenidade. Exemplo, na área rural, onde se concentra um grande número de miseráveis, fizemos a política de agricultura familiar, multiplicamos por cinco o financiamento, criamos assistência técnica. E teve outro programa que beneficiou a pobreza rural no Brasil, o Luz Para Todos. Não se eleva socialmente ninguém se não olhar para as condições que se pode ter para fazer renda. E uma delas, imprescindível, é energia elétrica. A grande política do meu período é manter essa política rural e chegar a uma questão fundamental: as cidades. As cidades no Brasil são o local das desigualdades. Nas cidades se manifestou o que há de mais perverso no Brasil, a retirada do Estado - aí vale para município, estado e governo federal - das periferias. Uma grande conquista deste governo também foi indicar caminhos. Pega o que está sendo feito no Rio, em Manguinhos, no Alemão, Pavão- Pavãozinho. É a volta do Estado.
CC: Ainda é preciso fazer uma reforma agrária de grande monta?DR: Tivemos um processo de reforma agrária muito significativo, foram 500 mil hectares. Não é trivial. Ainda tem gente para ser assentada, mas política de assentamento não é só comprar terra. A forma como se fazia assentamento antes era colocar o cara no meio do nada. A agricultura familiar no Brasil deu certo porque tem um suporte no programa de aquisição de alimentos. Tem seguro, garantia à safra, política de preço mínimo. Demos um tecido econômico social, de apoio, à pequena propriedade no Brasil, que responde por 40% da riqueza que se gera no campo.

CC: Mas se uma grande parte da miséria, como a senhora falou, está na zona rural, tem algum problema aí. Talvez tenha faltado reforma agrária.
DR: Vou repetir: não se resolve o problema do campo só dando terra. Tem de dar condições de produzir, sustentar a produção, apoio com assistência técnica, comprar a produção, garantir a comercialização, o acesso ao trator.
CC: A senhora acha que, se o PT vencer as eleições, a mídia tende a se tornar hostil, como ocorre na Venezuela?DR: A Venezuela não é nem sequer parecida conosco. Lá é uma economia de dois setores, portanto, uma sociedade que tende a refletir dois setores. De um lado, tem o petróleo e, do outro, o resto. E só ver a participação que tem a renda do petróleo na Venezuela, ver a história da Venezuela. E dinheiro que eles não sabem o que fazer com ele, ainda é assim.
CC: Mas a imprensa brasileira, como a de lá, não tende a se tornar hostil a ama permanência a longo prazo do PT no poder?DR: De que adianta? Qual a eficácia? Mais do que somos criticados, e daí? Qual a nossa aprovação? 76%...
CC: Como a senhora recebe essa acusação, que deve se intensificar durante a campanha, de ter sido "terrorista"?DR: Tenho dúvidas de que vai se intensificar uma coisa dessas, porque é contraproducente. A discussão sobre a resistência à ditadura é contraproducente para quem não resistiu. Sinto muito orgulho de ter resistido do primeiro ao último dia, de ter ajudado o País a transitar para a democracia e de não ter mudado de lado. E muito interessante a forma como eles entenderam a metáfora que o presidente fez com o (Nelson) Mandela. O que ele falou foi o seguinte: o Mandela, talvez o maior pacifista dos últimos tempos, foi uma pessoa que recorreu à luta armada no país dele, porque não tinha outra solução. Parodiando Tolstoi, que disse que todas as famílias felizes são iguais e todas as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira, todas as ditaduras são iguais e todas as democracias são cada uma à sua maneira. As ditaduras têm uma mania muito peculiar que as caracteriza: excluir de forma violenta todos os que não pensam como eles. O que queríamos caracterizar naquele momento era a existência de uma violência de Estado que levou pessoas, nos mais variados locais, a tomar posições firmes diante da ditadura. Eu tomei.
CC: Por que a senhora apoiou a decisão do STF de não rever a Lei da Anistia?DR: Eu sou a favor da legalidade. O Supremo decidiu e, até pelo que quero ser, não tenho a menor condição de ficar fazendo confronto com o Supremo.
CC: Discordar não é confrontar.DR: Para o papel a que me proponho assumir, é sim.
CC: O que pedimos é uma opinião pessoal.DR: Esta é a minha opinião pessoal. É ter consciência e maturidade para perceber que uma decisão do Supremo, num país como o Brasil, tem de ser respeitada. Como Presidente da República, que é o que quero ser, seria desrespeito. A partir do momento que se decidiu, está decidido. A não ser que se queira criar turbulência e instabilidade. Eu não quero.
CC: Como a senhora pretende lidar com o toma-lá-dá-cá no Congresso?DR: Como lidei, uai! Eu lidei com esse toma-lá-dá-cá, ou não?
CC: Mas, e diante de um episódio como o do mensalão? Todo mundo fala que. não fosse por sua habilidade, o presidente Lula não teria se mantido no cargo quando se chegou a falar até em impeachment...DR: A habilidade do presidente consistiu em ir para os movimentos sociais e deixar claro que impeachment não seria uma coisa adequada à democracia no Brasil. O presidente não fez nenhum toma-lá-dá-cá nessa questão.
CC: Mas é preciso negociar com o Congresso o tempo inteiro.DR: Não concordo que a relação que tivemos ao longo desse tempo com o Congresso foi de toma-lá-dá-cá. Foi uma relação de negociar, porque tem oposição. O governo é a arte de negociar, não há nenhum mal em dialogar.
CC: Há uma crítica recorrente de que o Estado brasileiro tem cargos comissionados demais e isso serve para comprar apoio político.DR: O Estado brasileiro ainda é um pouco desequilibrado. Herdamos um Estado que fazia corte linear, doa a quem doer. A manifestação maior desse modelo é o que encontrei nas Minas e Energia. Um engenheiro na ativa para 20 motoristas, em um ministério que cuidava de petróleo, de gás, biocombustível, energia elétrica... Não se pode ter uma visão simplificada do que se quer de um Estado. Eu quero um Estado meritocrático e profissional. Hoje, ele ainda está descompensado, começamos a remontar no governo Lula e vamos continuar. A questão das indicações políticas existe nos Estados Unidos, na França, na Alemanha, em todas as democracias. Essa conversa de aparelhamento do PT... Vamos lembrar o que houve em outros governos. Como se fosse só o PT a fazer nomeação política.
CC: O PT faz porque todos fazem, é isso?DR: Não vou fazer tabula rasa disso. Pode ter, sim, nomeação política, o que não pode é não ter critérios técnicos. Posso receber uma nomeação política de um partido da minha base, ele vai me dar um nome, e nós vamos olhar.
CC: Não é o contrário? Olha-se o que tem para encaixar o apadrinhado?DR: Não, normalmente indicam nomes com a ficha toda da pessoa. Essa conversa do aparelhamento do Estado é preconceito. Tentam estigmatizar, é uma coisa muito velha, lacerdista, de república de sindicalistas.
CC: Para alguns desenvolvimentistas, o Brasil está num processo de desindustrialização, por causa do câmbio. A senhora concorda?DR: Não há nada que a gente não possa compensar com duas coisas: política industrial e financiamento. Mas acho importante que a taxa de juro real do País caia e convirja para as internacionais. Caminhamos celeremente para isso na próxima década. Se o Brasil mantiver uma taxa de crescimento de 5,5% ao ano, vamos ter uma redução do endividamento e aumento do PIB. E aí não há a menor possibilidade de não ter redução da taxa de juro real. O que não dá é achar que se faz isso por decreto.
CC: O Banco Central no seu governo será uma Santa Sé, como comparou José Serra?DR: Acho inapropriada a comparação, é o tipo da problemática que não constrói nada. Não tenho o que falar a respeito.
CC: A senhora tem falado do combate ao crack, mas as políticas antidrogas têm fracassado. Sob que ótica se daria esse combate?DR: O primeiro mecanismo é a prevenção. Não se combate droga sem repressão, tem de levantar a rota e combatê-la, mas só isso não adianta, está para lá de provado. Tem de fazer a prevenção e o apoio, e o apoio é complicado porque tem de apostar que tira o cara do crack depois que ele entrou. Há várias discussões a respeito, há casos que a pessoa saiu, mas não é fácil, não é igual às outras drogas. É altamente viciante e mata em seis meses. Não é algo, inclusive, que tenha tradição mundial, há dificuldade de fazer.
CC: O que a senhora acha da descriminalização das drogas, de maneira geral?DR: Hoje não concordo. Não vou dizer que, numa crise de droga da proporção do crack no Brasil, caiba esse tipo de discussão agora. Não temos estrutura para isso e não temos como discriminar o que pode e o que não pode.
CC: A senhora foi muitos anos do PDT. Seu grande ídolo político é Leonel Brizola? Existe alguma idéia brizolista que poderá ser aplicada em seu governo?DR: Admirei muito o Brizola. Tinha características muito importantes, uma grande noção de soberania. O compromisso com a educação conflui com o que a gente tem. A escola em tempo integral não basta mais, é pouco, o País mudou, mas a gente tem de reconhecer que ele deu uma grande contribuição. O Brizola pensou na educação em 1962, e o Miguel Arraes na eletrificação rural, na mesma época. Enxergaram problemas que no Brasil não se enxergava. Quando se olha para trás, a política de Arraes e de Brizola nos estados deles foi excepcional.
CC: O Chico Buarque, outro dia, disse que votaria na senhora por causa do Lula, mas que não via grandes diferenças entre um governo seu e um de José Serra. O que a senhora diria para o Chico?DR: Talvez ele não me conheça (risos). Aliás, por culpa minha, eu é que tinha de procurá-lo. Até devo a ele um telefonema, não pude ir à casa dele no dia em que dona Maria Amélia, sua mãe, morreu. O presidente Lula foi e não pude acompanhá-lo. Mas pretendo procurar o Chico e agradecer pela opção.
CC: A senhora não pareça ter sido muito vaidosa no passado e agora ganhou um upgrade no visual. Está gostando?DR: Ah, a gente sempre curte, sempre é bom. Mas é um cabelo mais simples, né? (Alisa o cabelo, mais curto, mais claro e sem um fio fora de lugar.) E mais fácil de arrumar do que o seu. Mas eu gosto, não acho ruim, não.
CC: Acha que vão surgir muitos pretendentes... presidente e de visual novo?DR: É o tipo da coisa que não dá tempo nem de a gente pensar, nessa função. Agora, não sou contra, não, viu? As pessoas namorarem, coisas assim. Acho bom.
CC: Se a senhora fosse se comparar a uma mulher governante, estaria mais para Michelle Bachelet ou para Margaret Thatcher?DR: Ah, Bachelet, sem dúvida, óbvio. Não tenho a posição conservadora da Thatcher.
CC: Mas a pintam como dama-de-ferro, não?DR: É um estereótipo. Toda mulher é dama-de-ferro? Nunca vi um senhor-de-ferro, você já viu algum?
CC: Qual é, hoje, o maior entrave para o Estado brasileiro conseguir ser eficaz nos investimentos?DR: Ainda tem muita burocracia herdada do período em que a ordem era não gastar. Houve um processo muito difícil de gestão da coisa pública e se criou uma série de entraves ao investimento. É fundamental reconstruir o planejamento, a capacidade de fazer projeto. O Estado pode demandar projetos.
CC: A senhora acha que as entidades fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da União (TCU), agem com excesso de zelo?DR: Tive uma experiência muito boa com o TCU, que, inclusive, reconhece que o PAC tinha menos problemas do que qualquer outro programa do governo, pelo nível de acompanhamento direto nosso. Não acho que a questão de fundo seja essa. O que há é uma discrepância entre a qualidade da estrutura que fiscaliza, que se manteve ao longo dos anos intacta, que teve profissionalismo, que tem engenheiro ganhando a partir de 12 mil, e a estrutura que executa, onde o inicial é 4 mil ou 5 mil reais. Essa discrepância vai ter de ser alterada, tem de fazer plano de cargos e salários. Não pode ficar perdendo seus melhores quadros, senão não se consegue elaborar, olhar o futuro. E ninguém resolve isso no horizonte de um governo. Vamos ter de resolver a meritocracia no Estado brasileiro no horizonte de uma década. Levaram 20 anos desmontando, não se constrói de um dia para o outro.
CC: Privatizar é um tema banido no PT ou ainda existe algo privatizável?DR: Privatizar patrimônio público, banco, estatal do nível da Petrobras e da Eletrobrás, é absolutamente absurdo e a vida nos deu razão. A crise mundial recente nos deu muita razão. Sem essas empresas não teríamos nos saído tão bem. A Caixa Econômica mudou, o Banco do Brasil mudou. O BNDES era uma central para fazer projetos para privatizar empresas brasileiras. Hoje faz projetos para expandir empresas brasileiras, é diferente.
CC: A senhora parece aquele tipo de mulher que as durezas da vida fizeram revestir-se de uma armadura. E difícil ter de se livrar dela agora, em campanha, ficar. como se diz, mais soft?DR: Isso é um baita estereótipo. Quem não criou, depois de 60 anos de vida, vários mecanismos de defesa? Me mostre um bicho sem nenhuma carapaça que sobreviveu. Somos todos fundamentalmente muito parecidos. Nos defendemos, nos desmontamos, nos abrimos para as pessoas. Depende da circunstância. Não posso ficar chorando o dia inteiro sendo ministra-chefe da Casa Civil, me comovendo às lagrimas. Agora, se eu vir um filme comovente. choro. Como ministra, não podia ficar na emoção sistemática, porque ou eu segurava o touro a unha ou o touro picava a mula. O pessoal vende umas histórias esquisitíssimas. Talvez a suposição seja que sou um E.T. A verdade é que tive uma vida muito boa, tirando a prisão na época da ditadura. Casei, tive filho, vivi bem com meu marido, sou amiga do meu ex-marido, ele é que nem meu parente. Nunca me senti uma pessoa infeliz, não sou carente, sou alegre. Gosto de viver.Entrevista copiada do Vermelho

Senadores aprovam projeto que determina três anos de filiação partidária para concorrer a eleições

Agência Brasil
Brasília - Projeto que aumenta o rigor quanto à fidelidade partidária foi aprovado no dia 02 na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Pela proposta, quem quiser concorrer a cargos eletivos precisará estar filiado a partido político pelo menos três anos antes da data das eleições.
O prazo, no entanto, não será válido em casos de fusão ou criação de partido, desvio de programa partidário e discriminação pessoal que torne impossível a convivência na legenda. A lei atual determina que o candidato esteja filiado a partido pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições.
A proposta determina ainda a perda automática do mandato para o parlamentar que deixar o partido pelo qual tiver sido eleito. “O troca-troca de partidos desrespeita, acima de tudo, a vontade do eleitor e representa, na realidade, uma espécie de fraude eleitoral”, justifica o autor do projeto, senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
A matéria segue para análise da Câmara dos Deputados.

Economia cresce 9% no 1º trimestre e bate recorde histórico, aponta IBGE

A economia brasileira cresceu 9% no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período de 2009, a maior alta da série histórica nesse tipo de comparação desde 1996. Os dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são das Contas Nacionais Trimestrais.
A indústria cresceu 14,6%, seguida pelo setor de serviços, com 5,9% e a agropecuária, 5,1%. A formação bruta de capital (investimentos em máquinas e equipamentos) aumentou 26%, a construção civil aumentou 14,9% e importações de bens e serviços, 39.5%
Na comparação com o quarto trimestre de 2009, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país - até março foi de 2,7%, o mais alto para o período desde 2004. A industria foi o setor que apresentou o maior avanço, com alta de 4.2%.

O setor agropecuário teve expansão de 2,7% e o de serviços, de 1,9%.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Lula chega ao RN nesta quarta para assinar decreto de concessão do aeroporto de São Gonçalo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita o Rio Grande do Norte nesta quarta-feira (9) para assinatura do decreto presidencial que concede a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) poderes para fazer a concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante.
Até o momento o aeroporto de São Gonçalo do Amarante recebeu investimentos da ordem de R$ 150 milhões. O investimento total no aeroporto está orçado em R$ 1 bilhão. A solenidade está marcada para as 12h, no Centro de Convenções de Natal.
Luiz Inácio Lula da Silva visita o Rio Grande do Norte nesta quarta-feira
Na mesma cerimônia será assinado contrato entre o Governo do Estado e o governo federal, através do Ministério do Turismo, no valor de R$ 20 milhões para o saneamento básico do bairro San Vale, em Natal.
Também haverá assinatura de contrato de financiamento com o BNDES no valor de R$ 250 milhões para implementação da segunda etapa do Programa Emergencial de Financiamento (PEF 2). O PEF é voltado para apoiar os Estados, mediante concessão de colaboração financeira, para viabilizar despesas de capital e investimentos em obras públicas; equipamentos e instalações; material permanente e participação em constituição ou aumento de capital em atividades agrícolas.
Durante a solenidade, Lula também vai assinar decreto autorizando a instalação das Zonas de Processamento de Exportações, as chamadas ZPEs, para os municípios de Assú e Macaiba, municípios do RN; fazer a entrega 80 tratores, 10 retro-escavadeiras, seis motoniveladoras e 10 caminhões para fortalecer as ações no campo por meio do programa Campo Mais Forte e fortalecimento dos Territórios da Cidadania, um investimento da ordem de R$ 17 milhões.
SAMU - Antes, por volta das 10h, Lula estará na Zona Norte para a entrega de 64 ambulâncias para a universalização do Samu, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, no Rio Grande do Norte. Nessa mesma solenidade, o Presidente inaugura a Unidade de Pronto Atendiamento (UPA), no conjunto Pajuçara.
Acontece no dia 13 de junho, em Brasília, a Convenção Nacional do PT que vai homologar o nome da ex-ministra Dilma Rousseff como candidata do partido à Presidência da República. A Convenção será no Centro de Eventos Unique Palace (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Conjunto 30), a partir das 10h. Petistas interessados em participar devem procurar os respectivos Diretórios Estaduais, que irão fazer uma pré-inscrição e, posteriormente, definir as delegações.